Menos de 12 horas depois de o Grêmio ser excluído da Copa do Brasil por decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), a torcedora suspeita de ter cometido atos de racismo contra o goleiro Aranha, do Santos, chegou à delegacia de Porto Alegre na manhã desta quinta-feira (3) para prestar depoimento.
Patricia Moreira, de 23 anos, chegou chorando muito no local, onde era aguardada por policiais do grupo de Operações Especiais que faziam vigilância do local, temendo possíveis represálias dos torcedores. O depoimento está sendo realizado a portas fechadas e a imprensa ainda não teve acesso.
Na partida entre Grêmio e Santos, que ocorreu na quinta-feira da semana, pela Copa do Brasil, uma câmera da ESPN Brasil flagrou a torcedora chamando Aranha de "macaco", nas arquibancadas da Arena do Grêmio. Após a divulgação das imagens, Patricia começou a ser alvo de xingamentos e até ameaças em seus perfis nas redes sociais. Temendo maiores represálias, a gremista se refugiou na casa de familiares.