(Frederico Ribeiro/Hoje em Dia)
SÓCHI (Rússia) - Para os torcedores russos que se amontoaram até mesmo no guard-rail da rodovia que perpassa o estádio Slava Metreveli, a atração do dia era Neymar, obviamente. Mas o segundo lugar também estava garantido na agitação para o primeiro treino do Brasil no país da Copa. O lateral Marcelo era o outro nome mais saudado no treinamento aberto.
O sotaque russo para gritar o nome do jogador do Real Madrid (puxando o "r" e quase escondendo o "l") contrastava com ação tipicamente brasileira. Se tem bola e campo, tem batuque. Comandados pelo ritmista Wallace Leite, que trouxe um tambor para animar o treino.
"País tropical", "mas que nada" e outros ritmos do Brasil foram executados no acanhado estádio com capacidade para 10 mil pessoas. Marcelo com sua cabeleira ia de um lado para o campo recebendo ovações. Wallace, com um penteado similar, conseguiu até mesmo uma russa fantasiada de Brasil para lhe acompanhar no ritmo.
Pela novidade ao vivo, o som do tambor deixava as crianças de Sóchi vidradas. Todas querendo arriscar a batida no caixa. Fotos, entrevistas e vídeos deixaram Wallace com celebridade no treino. Mas os holofotes logo foram divididos com outro personagem, mais cult.
O Canarinho Pistola, mascote criado pela CBF e que virou personagem de internet por sua feição de braveza (um erro que virou acerto) saiu da tenda de imprensa com a bola na mão e demorou cerca de 10 minutos para ter contato com o público, já que primeiro parou para as selfies com jornalistas e voluntários da Copa.
Com a bola em campo, apenas um treino de recuperação física, sem coletivo ou tático para os jogadores titulares. Taffarel treinou os goleiros com seus contumazes chutes potentes. Recuperando-se de lesão no tornozelo, o meia Fred participou do treino dos reservas em um campo anexo. A festa ficou para autógrafos distribuídos pelos jogadores ao fim da atividade. Além disso, Fáger e Philippe Coutinho foram alvos de ovadas por aniversários.