Um grupo de cerca de 15 torcedores protestou na chegada da delegação do Atlético, na manhã dessa quinta-feira (11), no Aeroporto Internacional de Confins. O time retornava de Assunção, no Paraguai, onde o Galo foi derrotado por 4 a 1 para o Cerro Porteño, na última quarta-feira (10), no estádio Nueva Olla, pela Copa Libertadores.
O revés deixou o alvinegro em situação delicadíssima na briga pela classificação às oitavas de final, já que está a seis pontos do Nacional, do Uruguai, segundo colocado no grupo B, faltando apenas duas rodadas para o fim da fase de grupos do principal torneio do continente.
Os torcedores seguiram os jogadores do saguão do terminal até a entrada do ônibus do clube gritando palavras de ordem contra os jogadores. Nem mesmo ídolos como o goleiro o Victor foram poupados. O técnico Levir Culpi foi bastante cobrado e teve a saída do comando do time pedida pelos torcedores.
Com o ambiente hostil, os atletas entraram rapidamente no ônibus do clube sem falar com à imprensa ou responder aos atleticanos exaltados. Não houve tentativa de agressão.
“Quando a gente (torcida) vê que o time está correndo atrás, tentamos dar força. Agora, o único que está correndo é o Luan, que jogou no sacrifício. O restante do time parece que nem entrou em campo. Também precisamos urgente de um novo treinador”, afirmou Joel Wagner dos Santos, de 29 anos que participou do protesto.
Já Thiago Fernandes, de 25 anos, aproveitou a ocasião para desabafar e levantar um questionamento à diretoria. "O sentimento é de tristeza. A gente vive o Galo 24 horas por dia. Fazemos tudo pelo clube para nos ver nesta situação e jogadores com milhões na conta, e nem correndo estão. Essa bagunça começa na diretoria. Temos que descobrir o motivo de nenhum treinador dar certo no Galo”.
Os jogadores do Atlético voltam aos treinamentos na tarde desta sexta-feira, quando começa a preparação para o primeiro jogo da final do Campeonato Mineiro, contra o Cruzeiro, domingo, às 16h, no Mineirão.