A Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) denunciou Paolo Guerrero após choque do atacante do Corinthians com o árbitro Leonardo Bizzio Marinho durante a partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, contra o Bragantino, semana passada, na Arena Pantanal. Se o tribunal considerar que o peruano teve intenção de agredir o juiz, a pena mínima prevista é de 180 dias de suspensão.
Guerrero é o segundo jogador do Corinthians denunciado no STJD por agressão a árbitro. O meia Petros pegou a pena mínima e foi suspenso por 180 dias - o clube conseguiu efeito suspensivo - após empurrar pelas costas Raphael Claus no clássico com o Santos, pelo Campeonato Brasileiro, no dia 13 de agosto.
Aos 39 minutos do segundo tempo da partida contra o Bragantino, Guerrero derrubou o árbitro Leandro Bizzi. O juiz reclamou com o jogador, mas não citou o lance na súmula da partida. No dia seguinte, o atacante disse que apenas se chocou com o juiz enquanto disputava a bola pelo alto.
Com base em vídeos da partida, a Procuradoria ofereceu denúncia ao jogador, que será julgado no mesmo artigo do que Petros (254-A, § 3º, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva). O processo ainda não tem data e comissão definida para julgamento.
Nesta quarta-feira, Guerrero será julgado pela expulsão na partida contra o Grêmio, pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro, no dia 24 de agosto. Já nos acréscimos, o peruano foi expulso com cartão vermelho direto por, segundo o árbitro Heber Roberto Lopes, "atingir com a cabeça o rosto do atleta adversário" Alan Ruiz.
O desentendimento ocorreu fora da disputa de bola. A Procuradoria denunciou Guerrero por "agressão", conforme previsto no artigo 254-A do CBJD. Se considerado culpado, o atacante pode pegar de quatro a 12 jogos de suspensão.
Também expulsos contra o Bragantino, o lateral-direito Ferrugem vai responder por "jogada violenta", enquanto o auxiliar técnico Sidnei lobo por "ofender a arbitragem". Ferrugem pode pegar até seis jogos de suspensão Sidnei e pode receber multa de até R$ 100 mil, além de suspensão de uma a seis partidas.