O clássico Brasil e Argentina, que será disputado na próxima quinta-feira (10), no Mineirão, vêm movimentando não só torcedores e jogadores das duas seleções. O comércio de camisas e assessórios da seleção brasileira está aquecido para o duelo desta quinta. No treino aberto, que será realizado nesta segunda-feira (7), no Independência, vendedores faturaram com a venda dos produtos.

Como é o caso de Gledo, de 55 anos, que é cobrador de ônibus, e que complementa a renda com o comércio na porta dos estádios de Belo Horizonte.

O vendedor, que esteve presente nos duelos com a Argentina, em 2004 e 2008, que também foram disputados no Mineirão, fez um desabafo sobre a situação dos comerciantes.

“Tem 30 anos que eu trabalho nos dias de jogos. Eu trabalhava dentro do Mineirão, mas hoje não podemos mais, tiraram a gente de lá. Agora, temos que ficar correndo da polícia no lado de fora. Já apreenderam muita mercadoria minha, nos tratam como bandidos. Não sou bandido, não estou pagando os impostos, mas não estou roubando, não estou vendendo drogas, nem nada do tipo, estou trabalhando”, destacou Gledo.

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Momento marcante

Além dos duelos da Seleção, Gledo é figura frequente nas partidas de América, Atlético e Cruzeiro.

O vendedor, inclusive, contou uma passagem curiosa que o marcou durante os anos em que frequenta os estádios.

“Uma das coisas que mais marcaram pra mim no Mineirão, foi, mesmo eu sendo atleticano, a final da Copa do Brasil de 2000, entre Cruzeiro e São Paulo. Foi o jogo que eu mais vibrei, porque eu estava com 500 faixas de campeão, ai fui obrigado a torcer. Fui o atleticano que mais torceu para o Cruzeiro nesse dia”.

O vendedor, que estará presente na partida desta quinta-feira, comemorou o bom momento da equipe verde-amarela, líder das Eliminatórias, e que vêm de quatro vitórias seguidas, sob o comando do técnico Tite.

“O povo brasileiro estava precisando disso (do bom futebol), de alegria. Essa renovação está sendo muito boa”.

* Colaborou Lucas Borges

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