O inglês Lewis Hamilton avaliou que o alemão Nico Rosberg, seu companheiro de equipe na Mercedes, teve vida fácil para vencer as três primeiras provas da temporada 2016 da Fórmula 1, o que lhe dá uma confortável vantagem, de 36 pontos, na liderança do Mundial de Pilotos, mas avisou que isso vai mudar.
Hamilton até faturou a pole position nos GPs da Austrália e do Bahrein, mas perdeu posições na largada, teve problemas no carro e se afastou da luta pela vitória. Já no último fim de semana, na China, o inglês largou do último lugar. Assim, sem grande concorrência, Rosberg venceu todas essas provas.
"Ele tem feito um grande trabalho", disse Hamilton, em entrevista à CNN, canal de TV de notícias norte-americano, quando questionado sobre o desempenho do seu companheiro de equipe. "Eu não estive realmente lutando com ele, então ele teve praticamente uma brisa nas últimas três corridas. Bom para ele. Aproveite isso enquanto dura, porque você nunca sabe quanto tempo vai durar".
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Hamilton somou 39 pontos nas três primeiras provas do campeonato, com dois pódios - um segundo e um terceiro lugar - e a sétima colocação na China. O inglês, porém, garante não estar desanimado diante da perspectiva de ter que tirar a grande diferença de Rosberg na luta pelo título mundial. Além disso, assegurou estar em grande forma para superar tal desafio.
"As pessoas tornam as coisas muito piores do que são. Claro que estou 36 pontos atrás, esse número é muito grande e isso não é algo positivo, mas é um longo, longo ano. Com certeza é muito fácil em qualquer ponto do tempo na vida olhar para o negativo em um determinado momento e achar que tudo se foi. Mas há um longo, longo caminho a percorrer. Considerando que sei que tenho dado absolutamente tudo que está na minha força física e habilidade mental, enquanto eu der tudo, eu nunca posso estar perturbado", afirmou.
Em 2014, quando conquistou o seu primeiro título mundial pela Mercedes e o segundo da sua carreira, Hamilton também precisou de uma virada para ser campeão, mas a vantagem de Rosberg chegou a ser de no máximo 25 de pontos. A tentativa de reviravolta do inglês começará em 1º de maio, quando será disputado o GP da China.