Heróis e vilões da história do clássico no Independência

Henrique Ribeiro - Do Hoje em Dia
25/08/2012 às 09:37.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:44

O clássico no estádio Independência foi o ápice na carreira de vários jogadores que passaram pelo futebol mineiro. Foi a época em que jogar num grande clube do Estado só não era mais importante do que vestir a camisa da Seleção Brasileira ou de uma das forças do eixo Rio-São Paulo.

E participar de um Cruzeiro x Atlético no maior estádio de Minas Gerais na fase pré-Mineirão foi um privilégio para poucos. Exatamente 136 atletas, metade de cada time.
O zagueiro Vavá foi o que mais jogou por um único clube. Com a camisa do Cruzeiro, ele fez 34 jogos. O também zagueiro William foi quem mais entrou em campo, 35 vezes, sendo 31 pelo Galo.

William foi o único que participou das três decisões de títulos entre os rivais no Horto, em 1954, 1956 e 1962. Em todas, foi campeão pelo Atlético (em 1956, o título foi dividido com o Cruzeiro, após imbróglio na Justiça).

Outros jogadores atuaram dos dois lados no Horto. O volante Ílton Chaves, o lateral Clever, o atacante Tomazinho e o goleiro Fábio mudaram do alvinegro para o celeste. O zagueiro Procópio foi o único que saiu do Cruzeiro para o Galo.

PERSONAGENS

O clássico no Horto produziu heróis e vilões. Foi o caso do atacante Vaduca, que marcou apenas um gol em nove desses jogos e ficou na história. Ele deu a vitória alvinegra sobre o rival na terceira partida decisiva do campeonato de 1956, que resultou no pentacampeonato atleticano.

Já o goleiro Mussula, com 14 jogos pelo Cruzeiro, de herói na maioria das partidas foi a vilão na perda do título de 1962. Ele falhou no gol do atacante Toninho, numa cobrança de escanteio, já na prorrogação. O jogo foi em fevereiro de 1963. O Galo venceu por 2 a 1 e tirou a chance celeste de conquistar o tetracampeonato.

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