Um integrante da Força Nacional que foi baleado na cabeça no Complexo da Maré, na quarta-feira, após adentrar a comunidade por engano em um carro da corporação, faleceu no fim da noite desta quinta. Ele estava internado em estado grave e não resistiu aos ferimentos, segundo a informação confirmada por Alexandre de Moraes, ministro da Justiça.
Atingido no rosto por um tiro de arma longa, o soldado Hélio Andrade, da Polícia Militar de Roraima, ficou em estado grave após entrar por engano em uma zona de traficantes enquanto fazia uma ronda da Força Nacional, convocada para ajudar na segurança dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
Ele foi encaminhado para cirurgia de urgência no Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, zona norte da capital fluminense. O procedimento terminou por volta das 21h, após 4h30 de duração. Na noite desta quinta-feira, porém, o soldado veio a falecer.
"Quero expressar meus sentimentos aos familiares do soldado Hélio Vieira, que sofreu um ataque covarde e, infelizmente, morreu hoje em decorrência dos ferimentos. Soldado Vieira é um verdadeiro herói do nosso País. Nosso Presidente da República, Michel Temer, decretará luto oficial pela morte de nosso herói. Honra e Dignidade aos nossos policiais", afirmou o ministro nas redes sociais, ao se referir ao presidente em exercício, Michel Temer.
De acordo com o cunhado, o soldado dizia que o treinamento para o evento havia sido satisfatório. Ele discorda que as condições de trabalho fossem ideais. "A viatura não é blindada. Eu sei que é caro, mas falta apoio da União", afirmou.
Camara contou que a família estava unida e rezando. Estavam inconformados. "Aquilo não foi um confronto, foi uma covardia. A gente não sabe quem atirou, e nem vai descobrir".
O ataque na Maré não mudará o esquema de segurança da Olimpíada, segundo o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes.
"(O ataque na Maré) Não muda absolutamente nada. Não mancha os Jogos. Continua o mesmo esquema, até porque a Força Nacional não faz a segurança nas ruas. Continua fazendo a segurança de entrada e saída das dependências olímpicos, a segurança interna, e o Exército e a PM fazendo a externa, da mesma forma. Foi um incidente lamentável e covarde", afirmou, na última quinta.