Irlanda escolhe Minas para se preparar para Olimpíada do Rio

Émile Patrício e Felippe Drummond Neto
21/11/2013 às 09:29.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:17

(Divulgação)

Não é segredo para ninguém que o passado de Minas Gerais está intimamente ligado aos britânicos, desde a época da extração do ouro e da industrialização. Agora, graças à Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, a chama dessa parceria será novamente acessa. Isso porque tanto a Associação Olímpica Britânica quanto o Comitê Olímpico Irlandês farão, respectivamente em Belo Horizonte e Uberlândia, no Triângulo Mineiro, o período de preparação antes e durante o maior evento esportivo do mundo.

De quebra, o fato de as duas delegações ficarem em um mesmo Estado unirá o que a política separou. Desde 1922, ano em que a Irlanda do Sul (Éire) conseguiu a independência da Grã-Bretanha, as delegações competem separadamente nos Jogos, mesmo sendo integrantes do Reino Unido, que é formado por Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.

No caso da capital mineira, desde o mês passado, estava acertado que o Minas Tênis Clube receberia os britânicos. Já Uberlândia acaba de ser escolhida e falta a assinatura do Memorandum of Understanding (MOU), documento que oficializa o acordo. Mas, esta semana, o Conselho Olímpico da Irlanda enviou ao município comunicado oficial, informando que a cidade foi formalmente aprovada como base de treinos.

Com isso, tanto os atletas do Praia Clube e do Sesi Gravatás, no Triângulo, quanto do Minas e do Centro de Treinamento Esportivo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte, terão uma oportunidade de ouro para um intercâmbio esportivo e aprendizado com os gringos.

“Nossa obrigação é ceder os espaços para que eles tenham a melhor condição de treinamento possível. Faremos intercâmbios científicos, esportivos, de todas as áreas que envolvem o esporte. Vamos levar pessoas para lá, profissionais e atletas. Essa vai ser a coisa mais importante”, define o presidente minas-tenista, Sérgio Bruno Zech Coelho.

Investimento começa a aparecer

Com a realização da Olimpíada no Brasil, os esportes especializados ganharam um pouco mais de investimento. Até mesmo instituições conseguiram verbas para se equipar. Ainda não é o ideal, mas o secretário Nacional de Esporte de Alto Rendimento, Ricardo Leyser, afirma que os projetos de longo prazo tiveram o “pontapé inicial”.

Hoje ele estará no Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte, para entregar equipamentos adquiridos com verba do Ministério do Esporte. A estrutura atenderá 1.300 atletas do tênis, vôlei, judô, natação, basquete, ginástica artística e de trampolim.

São três convênios, que somam R$ 2,2 milhões de repasse federal. Com o primeiro, já entregue no ano passado, no valor de R$ 1,2 milhão, foram adquiridos equipamentos e materiais esportivos: aparelhos de musculação, uniformes, bolas, computadores, filmadoras e câmeras digitais para estudo técnico.

A remessa de hoje soma R$ 855 mil e está diretamente relacionada à ciência do esporte. Do total adquirido, há um dinamômetro isocinético que possibilita avaliações neuromusculares e análise de articulações, para que seja preparada a carga ideal de treinos, aproveitando o potencial máximo do atleta, sem risco de lesões. Além de uma quadra poliesportiva, com piso, tabelas e placar eletrônico. Posteriormente, haverá outro repasse de R$ 146 mil.

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