O duelo entre Taiti e Nigéria trouxe poucos turistas para Belo Horizonte, mas o mesmo não pode se dizer deste sábado (22). Logo quando a tarde começou, os mineiros que se dirigiam ao Gigante da Pampulha tiveram seu primeiro grande intercâmbio cultural motivado pela Copa das Confederações. Ainda faltavam quatro horas para o pontapé inicial do duelo entre Japão e México, e o Mineirão já estava cercado por torcedores dos dois países.
A empatia dos mexicanos era mais evidente. Fossem uniformizados com a camisa tricolor ou com os tradicionais sombreiros, eles faziam questão de expressar o orgulho por seu país. Houve quem também se vestisse de Chapolin Colorado, “super-herói” latino popular aqui no Brasil. Animados, os três amigos brincavam com quem passava na rua e soltavam palavras à sua seleção, mesmo fora do estádio.
Hospedado na capital mineira desde a última quinta-feira, o design gráfico Rafael Martínez, natural de Puebla, no México, é um dos que viajou o país para conferir os tricolores. Segundo ele, a viagem foi boa, apesar do clima. "Me sinto seguro, mas assusta. Mas saí ontem à noite na cidade. Muito bonita. Me senti bem aqui", aponta.
Mais comedidos, os japoneses aguardavam a abertura dos portões para entrar no principal palco de Minas Gerais. Um grupo de pouco mais de 20 turistas veio especialmente de Kobe, na terra do sol nascente, para conferir sua seleção jogar em Brasília, Pernambuco e agora Belo Horizonte. Em meio a barreira linguística, eles brincavam com os mineiros, e arriscavam até os nomes de rivais, ora gritando “Galo”, ora “Zêro”, conforme ensinavam atleticanos e cruzeirenses. Ainda que tímidos, mostravam a educação e simpatia peculiar àquele país.