Jesús presente: mesmo de longe, Dátolo sofre com crise no Atlético e diz 'fazer parte do clube'

Henrique André
04/11/2019 às 15:31.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:32
 (Gabriel Castro/Eleven Brasil/Divulgação)

(Gabriel Castro/Eleven Brasil/Divulgação)

Autor de dois dos três gols do Banfield neste fim de semana, no empate por 3 a 3 com o Union Santa Fé, o meia Jesús Dátolo divide as atenções entre os campeonatos argentino e brasileiro; tudo para não 'abandonar' o clube que aprendeu a amar em terras tupiniquins. Os tentos anotados no domingo (3), inclusive, foram bastante festejados pelos torcedores do Atlético, por meio das redes sociais.

A ligação com o clube mineiro é tão grande que, mesmo tendo o retorno negado no ano passado pelo até então comandante Levir Culpi, o meia não deixa de acompanhar a batalha que os comandados por Vagner Mancini travam para que o time siga fora da zona de rebaixamento e termine bem a temporada.

"Acompanho sempre. Confesso que às vezes é duro ver os resultados adversos acontecendo sem poder fazer nada. Mesmo hoje longe, me sinto parte do clube, então não tem como não se incomodar e querer fazer algo pra ajudar", fala Dátolo ao Hoje em Dia.

"É exatamente isso: um carinho que não tem fim! Deles (torcedores) comigo e meu com o Galo. Eu sou muito grato por ter tido a oportunidade de vestir a camisa do Atlético. Foi uma das melhores coisas que fiz na minha vida", acrescenta.

Perguntado sobre qual receita daria aos ex-companheiros para tirar o Atlético desta situação complicada na principal competição do país, Dátolo inclui uma pitada de raça e outra de entrega em campo.

"Futebol não tem receita de sucesso, mas algo que é infalível nesse esporte é o comprometimento e a raça. Quando você está envolvido e quando todos entendem o contexto em que estão as coisas deslancham. Faltam poucos jogos pro Brasileiro acabar, então espero que todos estejam unidos pra tirar o Galo dessa situação", opina o ex-camisa 10 do alvinegro.

"Trocas no comando são sempre difíceis. Quem sai deixa uma filosofia no grupo e quem chega nem sempre tem tempo suficiente para desenvolver o trabalho, porque são muito jogos num intervalo de tempo curto", conclui.

Aos 35 anos e de atuando pelo clube que o revelou, Dátolo defendeu o Galo de 2013 a 2016 e, em 127 partidas, balançou a rede em 18 oportunidades. Pelo clube, conquistou a Copa do Brasil e a Recopa, ambos os canecos em 2014.

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 Clássico de domingo

Sobre o confronto contra o Cruzeiro, marcado para o próximo domingo (7), no Mineirão, o argentino revive a velha máxima que sempre utilizou quando ainda defendia o alvinegro: "clássico se vence!", diz. Galo e Raposa se enfrentarão pela 32ª rodada da Série A, num jogo que poderá dar fôlego importante para quem vencer a disputa; um empate soa como mal resultado devido à situação complicada que atravessam.

"Clássico se ganha e isso o Galo sabe fazer. Na época que joguei no Atlético fui muito feliz nos clássicos contra o rival, inclusive, no Mineirão, aonde fomos campeões da Copa do Brasil em cima deles. Tomara que o time tenha inteligência para se defender e personalidade para atacar, porque o momento exige. Uma vitória daria uma tranquilidade muito boa para o Galo", Jesús.

"Estarei daqui vendo e jogo e, como sempre, torcendo muito pelo Atlético. Será um jogo e tanto, por tudo que uma vitória representa. Aqui é Galo!", finaliza.Bruno Cantini/ Atlético

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