Top 10

João e Marina, da Nacra 17, estreiam neste sábado em Paris

Barco Chitãozinho e Xororó estreia nos Jogos Olímpicos Paris 2024, neste sábado, na raia da cidade francesa a cerca de 800km ao sul de Paris

Do HOJE EM DIA*
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Publicado em 03/08/2024 às 10:30.
Velejadores, que se conheceram na pandemia de Covid, estão confiantes para a estreia (Divulgação/COB)

Velejadores, que se conheceram na pandemia de Covid, estão confiantes para a estreia (Divulgação/COB)

João Siemsen e Marina Arndt, da Nacra 17, depois de dois meses de intensa preparação nas águas de Marselha, palco da Vela nos Jogos Olímpicos Paris 2024, vão estrear, neste sábado (3), com o objetivo de surpreender os adversários. Os dois estão se sentindo bem afinados, não apenas pelo fato de a embarcação deles se chamar Chitãozinho e Xororó, mas também porque os velejadores, que formaram a dupla durante a Pandemia, adquiriram um grande conhecimento sobre a raia olímpica e chegam valorizados pelo top 10 no Mundial da classe, disputado em maio passado, na França.

''A gente está há mais de dois meses em Marselha, e as condições são bem difíceis, bem diferentes. É um lugar que abre bem o jogo, porque a raia é mais aberta e os ventos não são tão limpos. Seria como jogar num campo de futebol todo esburacado, quando o nível técnico fica um pouco abaixo e dá chance para os times que não eram favoritos ganharem. Esse é um dos nossos trunfos. A gente tem velejado bem em dias que ficam mais complicados e é preciso contar um pouco mais com a sorte também, além de fazer uma boa análise do campo de regata. E isso é um ponto positivo, porque estamos aqui há bastante tempo’’, comentou João.

Estreantes em Jogos Olímpicos, o timoneiro João, de 32 anos, e a proeira Marina, de 23 anos, são de famílias de velejadores e, desde cedo, foram encaminhados ao esporte que já rendeu 19 pódios olímpicos para o Brasil.

"Meu pai é medalhista de ouro no Pan de 1982, em Caracas. O meu avó foi vice-presidente da Federação Internacional de Vela. É uma família que você nasce e já sai naquele caminho, porque todo mundo pratica o esporte. Com nove, dez anos, eu já estava num barco competindo", afirmou o carioca Siemsen.

"Eu comecei na Vela aos 7 anos por influência do meu pai. Ele é velejador também e sempre quis passar para meu irmão e para mim essa paixão pelo mar e pelos ventos", explicou a paulista.

Além de terem sido décimos colocados no Mundial da Classe Narca 17, no último mês de maio, em La Grande Motte, na França, João e Marina também ostentam no currículo o vice-campeonato na etapa da Holanda da Copa do Mundo de 2022 e o título americano do mesmo ano.

"A gente sangrou muito para estar aqui e ter feito esse top 10 no Mundial. É muito difícil andar para frente nessa flotilha, todos os países têm bastante investimento e fomos correndo atrás. A partir do top 10 do Mundial, a gente tinha uma expectativa abaixo do que é hoje e vem melhorando rapidamente. Hoje, a gente está com o sonho em aberto, vai lutar e, realmente, vai para as cabeças. Não queremos nos limitar com expectativas", disse ele.

E por que a embarcação da dupla chama Chitãozinho e Xororó? João Siemsen responde:

"O nome do nosso barco é Chitãozinho e Xororó, porque o catamarã é uma dupla de barcos, são dois barcos, na verdade. E a gente pensou qual é a dupla mais icônica e achou que Chitãozinho e Xororó merecia uma homenagem por eles cantarem o hino popular do Brasil, que é (a música) Evidências."

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