Jô tenta se reencontrar no Galo

Frederico Ribeiro - Hoje em Dia
Publicado em 24/01/2015 às 08:18.Atualizado em 18/11/2021 às 05:46.
No quarto ainda intacto do apartamento no bairro do Tatuapé, Zona Leste de São Paulo, João Alves de Assis Silva encontrava o carinho da família para superar o semestre desastroso após a Copa do Mundo. Os problemas pessoais haviam afetado tanto o artilheiro da Libertadores de 2013 que o contrato com o Atlético estava suspenso. Alegria mesmo, só na hora que a mãe, dona Tânia, preparava o café da manhã e levava na cama. Ou quando atendia a um pedido especial do jogador para o almoço.

Enquanto sentia o cheiro da lasanha preferida, Jô ouvia os conselhos do pai, Dario, relacionados principalmente à vida noturna agitada. Broncas seriam inúteis. Aos 27 anos, o atacante sabia que tinha errado feio após faltas aos treinos e infrações disciplinares. Com o apoio integral da família, o atacante jogou para escanteio os problemas conjugais e, agora, todos ao seu redor garantem que ele está com a mente renovada.

“Não falo sobre o casamento dele. É um assunto esquecido. Ele ficou conosco durante as férias. Foi tratado a pão de ló”, reforça Dario, referindo-se ao matrimônio interrompido entre o atacante e a sambista Cláudia Silva, com quem tem um filho de 9 meses.

Durante o período de suspensão e férias, segundo Dario, Jô também recebeu a atenção de dois amigos especiais no futebol: Ronaldinho Gaúcho, com quem fez história no Galo, e o argentino Carlitos Tévez, ex-companheiro de Corinthians e Manchester City.

De volta a BH, Jô não conta mais com a família por perto. Mas o celular virou ferramenta constante para manter o carinho sempre presente. Concentrado na Cidade do Galo, ele troca mensagens diárias com os pais e recebe versículos bíblicos de dona Tânia e das irmãos mais velhas, que são evangélicas.

“Bom dia, pai. Vocês foram muito importantes. Aprendi muita coisa com vocês. Me ajudaram e sei que sempre irão me ajudar. Estou indo treinar agora”, foi um dos recados, revelado pelo pai do jogador .

Com contrato até 2016, Jô garante estar focado no futebol, mas não sabe ainda em que clube. O empresário indonésio Joseph Lee, que ajudou a vender Diego Tardelli ao Shandong Luneng, ainda tenta levar o centroavante para a Ásia. O presidente do Atlético, Daniel Nepomuceno, porém, diz não ter recebido nenhuma proposta oficial e garante ter sido uma das pessoas que pessoalmente aconselharam o atleta.
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