
A situação no Villa Nova segue caótica e sem boas perspectivas de futuro. Para não dar W.O. contra o Duque de Caxias, neste sábado (5), às 15 horas, na Baixada Fluminense, a delegação do Leão do Bonfim deixou Minas Gerais com apenas 12 jogadores, sendo que a maioria é formada por jogadores formados no clube. Isso, porque os outros se recusaram a embarcar no ônibus, revoltados com o não recebimento de salários.
De acordo com Alberto Simão, empresário e consultor esportivo que ajuda a gerir o departamento de futebol do clube, foi preciso convencer os atletas e pedi-los para que não virassem as costas para o centenário clube novalimense. Poucos aceitaram.
"Muitos jogadores foram irredutíveis, mas os que resolveram viajar vão honrar as cores do clube e evitar que seja excluído de competições oficiais", cometa Simão. "Tentei convencê-los de que seria importante honrar a camisa e a história do Villa, mas eles não deram ouvidos", acrescenta.
Entenda
A movimentação dos atletas se deu devido aos atrasos salariais que já completaram cinco meses. Os 20 atletas profissionais do clube estão com os vencimentos atrasados e outros funcionários, como cozinheiras e faxineiras, também estão sem receber.
Dos 20 profissionais, 15 optaram por não jogar diante do Duque de Caxias. Faltando duas rodadas para o fim da competição, o Villa Nova, que só soma três pontos, não tem mais chance de classificação.
Contando com apenas cinco profissionais, o técnico Felipe Surian conseguiu reunir um grupo de mais sete jogadores das categorias de base para a viagem. Assim, terá à disposição 11 titulares e um goleiro reserva.
De acordo com Alberto Simão, o presidente Nélio Aurélio está buscando parceiros e patrocinadores para que o clube finalmente quite os débitos com todo o quadro de funcionários. O Supermercados BH, que hoje estampa o patrocínio master na camisa do Cruzeiro, é um deles.
"Temos que lembrar que esta dívida foi herdada pelo presidente Nélio. Ele assumiu há pouco tempo e vem trabalhando sério oara encontrar uma maneira de driblar a crise", destaca o consultor.
** Com Estadão Conteúdo