A meio campo da seleção feminina de futebol Marta afirmou que o time brasileiro entra em campo na próxima terça-feira (16) contra a Suécia em clima de "matar ou morrer". Tudo para passar de fase e tentar o ouro inédito para o Brasil na Olimpíada do Rio. Segundo Marta, o histórico favorável diante da Suécia não terá qualquer influência. O Brasil bateu o time nórdico por cinco a um na primeira rodada da Rio-2016. A partida ocorre nesta terça, às 13h, no Maracanã.
Marta explicou que este jogo demandará muita atenção e foco da equipe brasileira. Ela classificou o próximo encontro como "super difícil".
As suecas, mesmo após da goleada sofrida contra o Brasil, eliminaram as americanas, atuais campeãs olímpicas.
"Aquele era um jogo da fase de grupos. É lógico que a postura é diferente. É matar ou morrer. Temos que fazer o que fizemos de novo", disse.
A atacante Andressa diz que a primeira partida foi "um passo importante", mas que nada está garantido. "Não chegamos ao nosso objetivo, que é o ouro. Temos um jogo super difícil. Podem esquecer o que aconteceu porque vai ser outro jogo", disse.
A seleção feminina treinou na manhã desta segunda no CFZ (Centro de Futebol do Zico), no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio.
A imprensa pôde acompanhar uma parte do trabalho. A lateral Fabiana, que sentiu dores na partida contra a Austrália e foi substituída por Poliana, deu voltas no campo separada do restante do grupo. Ela mancava um pouco.
Fazia um forte calor no momento do treinamento. As suecas entraram para treinar pouco depois das brasileiras, por volta das 11h30. "Estará quente [na hora do jogo], mas o bom é que estará quente para elas também. Já estamos acostumadas com o calor do Rio", disse Andressa.
Tanto Andressa quanto Marta reforçaram que o time brasileiro está com os pés no chão. A vitória sobre a Austrália nos pênaltis e a goleada nas suecas ficaram para trás. Segundo Andressa, o time se reuniu no vestiário nas duas ocasiões para assegurar que o resultado não suba à cabeça.
Marta disse que a principal qualidade deste grupo é a união e a divisão das responsabilidades, tal qual ocorreu nas quartas de final contra a Austrália, quando o time foi salvo pela goleira Bárbara, que defendeu o pênalti que classificaria o adversário. Marta havia acabado de desperdiçar sua cobrança.
"A gente vem dividindo a responsabilidade desde o primeiro dia. Ficou bem claro: a seleção não é uma jogadora sô que vai conseguir mudar tudo. Não é uma jogadora que vai vencer tudo sozinha", disse Marta.
Ela afirma que o time saiu fortalecido da classificação dramática, mas ressaltou que o resultado é passado agora. "Se ficarmos voltados para o que aconteceu no Mineirão, a gente acaba perdendo o foco. O jogo é já amanhã e não há tempo para achar o que foi ou o que deixou de ser", disse.