A seleção brasileira de judô está na fase final da preparação para o Mundial por Equipes, que acontece neste fim de semana, em Salvador, numa arena montada especialmente para o evento. O time masculino vai atrás da sua sexta medalha, a quinta consecutiva. Já as mulheres buscam uma conquista inédita.
O problema é que as equipes estarão bastante desfalcadas. Entre os homens, Leandro Guilheiro e Tiago Camilo foram cortados. Já no time feminino, Mayra Aguiar e Mariana Silva sequer foram convocadas, uma vez que passaram recentemente por cirurgias.
"A equipe feminina está muito motivada com a chance de fazer história e conquistar pela primeira vez uma medalha num campeonato mundial por equipes. Já no masculino, temos um time com alguns desfalques em relação aos Jogos de Londres, mas, com a experiência de atletas como Leandro Cunha e Rafael Silva, unida com a vontade dos novatos, podemos manter a escrita de subir no pódio", diz o coordenador técnico da Confederação Brasileira de Judô, Ney Wilson.
No masculino, o Brasil vai tentar quebrar um tabu. Nas últimas quatro edições do Mundial por Equipes, conquistou três pratas e um bronze, mas nunca foi campeão. Na busca pelo ouro, terá como adversários Japão, Usbequistão, Mongólia, Coreia do Sul, Geórgia, Rússia, Ucrânia, França, Estados Unidos, Argélia, Argentina, Grã Bretanha e China.
Por conta dos cortes de Guilheiro e Camilo, foram chamados Felipe Costa e Eduardo Bettoni. Mas os dois garantem não sentir o peso da responsabilidade. "É normal existir ansiedade por substituir um atleta do quilate do Tiago Camilo, mas estou trabalhando esse lado psicológico para lutar bem no Mundial e ajudar o Brasil", comenta Bettoni.
Ele aposta na sequência de competições, uma vez que, diferente dos olímpicos, vem lutando com frequência. "Estou numa sequência muito boa de vitórias e títulos importantes para a minha carreira e, com certeza, é algo que pode fazer diferença."
Mas os dois podem sequer lutar o Mundial. Isso porque a seleção tem 10 atletas, mas só cinco entram no tatame em cada disputa. A vitória no confronto país contra país vale um ponto em cada peso e vence quem chegar a três pontos. A tendência é que os titulares sejam Leandro Cunha, Bruno Mendonça, Victor Penalber, Henrique Silva e Rafael Silva.
No feminino, deverão lutar Sarah Menezes, Ketleyn Quadros, Rafaela Silva, Maria Portela e Suelen Altheman, mas a disputa é mais dura. A medalhista de ouro olímpica, por exemplo, luta fora da sua categoria, que não faz parte do programa do Mundial por Equipes. Assim, para a categoria até 52kg o Brasil tem Sarah e Erika Miranda à disposição.
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