Kung fu ajuda jovem a vencer anorexia e bulimia

Hoje em Dia*
15/08/2015 às 10:30.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:21
 (Luiz Costa/Hoje em Dia)

(Luiz Costa/Hoje em Dia)

Camila Vaz é faixa azul em kung fu. Sua maior conquista, porém, é ter vencido a anorexia e a bulimia por meio do esporte. A jovem, de 21 anos e 1,68 m, chegou a pesar 50 quilos no auge do distúrbio alimentar. Hoje, com 64 quilos, mudou a rotina nutricional. O sentimento de culpa por comer um simples biscoito recheado deu espaço ao rodízio de pizza e a satisfação em se alimentar.    Por se sentir gorda, a estudante de artes visuais passava um dia inteiro sem comer. Também trocava o transporte público por caminhadas funcionais para perder peso.    “Quando chegava em casa comia um pacote inteiro de biscoito recheado”, relata a jovem, que logo se arrependia de ter ingerido o alimento. “Chorava por comer o biscoito e tentava vomitar. Quando não conseguia eu passava a noite fazendo polichinelo”, conta.    A obsessão pelo corpo magro começou devido aos elogios que recebia. “Pesava 72 quilos. Ter emagrecido me rendeu muitos elogios. Aí passei a ter a ideia de que tinha que ser magra para ser aceita”, comenta.    A exagerada perda de peso levou Camila a perceber a anorexia e a bulimia em sua vida. Ela, então, buscou a mudança de hábitos e encontrou no kung fu o gosto pela vida. “Era isso que por tanto tempo procurava”, afirma, ao lembrar do seu primeiro contato com o esporte.    Com o auxílio da pratica esportiva Camila foi aprendendo a gostar do seu corpo. Os ensinamentos valiosos do kung fu e do tai chi chuanm, como a disciplina, o equilíbrio e a paciência, foram fundamentais para a jovem superar aos poucos seus desafios e aceitar as fases da vida. “Minhas inimigas anorexia e bulimia já não têm força. Percebi que quanto melhor eu me alimento, melhor eu fico”, comemora.    Transformação mental   Outra mudança na vida de Camila, também proporcionada pelo esporte, foi a transformação mental “A arte marcial me ajudou a resolver muitas das inúmeras questões internas que sustentavam a ideia de ser magra”, diz a jovem, que esbanja felicidade por ter atingido sua meta. “Eu queria chegar na cura, e consegui”, comemora.    Mas Camila quer mais. Ela procura todo o tempo superar os próprios limites e provar a si mesma que é capaz de alcançar objetivos maiores . O próximo está traçado. “Quero participar de competições.”    *Colaborou Mateus Marotta

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