Depois de entrar na Justiça para cobrar os três meses de salários atrasados do Santos, o lateral-esquerdo Mena conseguiu liminar na Justiça na tarde desta quarta-feira (14). Com a decisão, o contrato do jogador com o clube, que era válido até junho de 2017, está suspenso. O Santos, por sua vez, pode tentar cassar a liminar. O Cruzeiro já mostrou interesse na contratação do chileno para disputar a Copa Libertadores deste ano e substituir Egídio, negociado com o futebol ucraniano.
Mena foi o primeiro a conquistar a liberação do clube na Justiça. A liminar foi concedida pelo juiz Francisco Charles Florentino de Souza, da 5.ª Vara do Trabalho em Santos. Mena argumentava que não havia recebido os salários referentes a outubro, novembro e dezembro, além do abono e 13.º. A diretoria do Santos informou, na terça-feira, ter pago dois meses do que estava atrasado, mas após o início do processo.
A decisão favorável ao chileno preocupa a direção santista, pois cria um precedente para os outros atletas que também buscaram a Justiça do Trabalho, como Arouca e Leandro Damião. O goleiro Aranha teve sua liminar negada pela Justiça.
Comprado da Universidad de Chile em 2013 em parceria com a Teisa, empresa que bancou metade da transferência, Mena custou US$ 3,5 milhões de dólares (cerca de R$ 7,7 milhões). Se confirmada a saída do jogador na Justiça, o clube terá de ressarcir a parceira.
O chileno de 26 anos foi o único jogador do Santos que disputou a Copa do Mundo de 2014. Desde 2013, ele disputou 62 partidas pelo Santos e era o titular da posição, embora tenha sofrido a concorrência de Caju quando disputava amistosos da seleção de seu país.