Umtiti, ex-Barcelona e campeão do mundo pela França em 2018, foi um dos que sofreu ataques racistas (Divulgação/Lecce)
Na vitória de virada do Lecce sobre a Lazio, 2 a 1, no retorno do Campeonato Italiano após a Copa do Mundo, dois jogadores do time vencedor sofreram racismo e a liga decidiu punir o clube perdedor com um setor fechado, por um jogo.
O zagueiro Umtiti, campeão Mundial pela França em 2018 e ex-Barcelona, foi um dos alvos da torcida da Lazio, assim como o meia Lameck Banda. O jogo chegou a ser paralisado pelo árbitro por conta dos insultos. Nesta quinta-feira (5), a liga italiana divulgou que puniu o clube da capital fechando o setor da torcida organizada (Curva Nord) no estádio. A punição deverá acontecer já no domingo, onde a Lazio enfrenta o Empoli.
Nas redes sociais, o presidente da FIFA, Gianni Infantino, publicou uma mensagem em apoio aos jogadores e repúdio aos atos da torcida da Lazio: “Solidariedade com Samuel Umtiti e Lameck Banda. Vamos gritar bem alto e claro, NÃO AO RACISMO. Que a grande maioria dos apoiadores, que são pessoas de bem, se levantem e calem todos os racistas de uma vez por todas!”.
Histórico fascista
Historicamente, a torcida da Lazio tem diversos casos de racismo e xenofobia, com a principal torcida organizada reproduzindo cânticos fascistas constantemente ao longo dos anos, com direito a faixas e gestos característicos, além de já terem xingado jogadores por serem negros e judeus, inclusive alguns do próprio clube. Entre as décadas de 20 e 40, a Lazio foi o clube que mais abraçou as ideias do ditador fascista Benito Mussolini, que é idolatrado por parte da torcida até os dias de hoje.
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