Locais de provas serão revistos e surfistas consultados

Folhapress
22/07/2015 às 14:23.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:02

(WSL / Kirstin SCholtz)

A WSL (Liga Mundial de Surfe) admitiu que vai rever os locais das provas do campeonato depois que o surfista australiano Mick Fanning, 34, foi atacado por um tubarão na bateria final da sexta etapa da competição, em Jeffreys Bay, na África do Sul, no domingo (19). De acordo com Paul Speaker, CEO da WSL, a liga fará reuniões nos próximos dias para definir mudanças na segurança. Os surfistas farão parte desses encontros.   "Vamos ter tempo para rever esta situação com profundidade e ver o que podemos aprender. Nos próximos dias, vamos ter discussões com os nossos atletas, vários especialistas e com as nossas comunidades sobre qual é o melhor modo de avançarmos", disse Speaker em um comunicado.   "Continuaremos a avaliar vários procedimentos em matéria de segurança contra tubarões, pesquisas e tecnologias, bem como a escolha do local do evento", afirmou o dirigente da liga.   A área de competição das etapas do Mundial é sempre monitorada. Em Jeffreys Bay, por ser uma praia perigosa, há sempre uma lancha e dois jet skis na água, que estão lá só para observar a presença de tubarões. Na areia da praia, há salva-vidas e até olheiros, que estão sempre em alerta.   No caso deste domingo, nada foi visto. Só foram notar a presença do tubarão quando o animal já estava atacando Fanning, que sofreu apenas alguns arranhões e curtiu até um churrasco depois.   Os territórios   O campeonato é disputado em algumas das melhores praias do mundo para a prática do surfe, como Fiji, Teahupoo, na Polinésia Francesa, e Pipeline, no Havaí. São 11 eventos em lugares diferentes. E nas melhores ondas, também vêm os maiores perigos.   Os territórios escolhidos para sediarem as etapas do Mundial somaram 113 mortes por ataques de tubarão até 2014, segundo um levantamento feito pelo Arquivo Internacional de Ataques de Tubarão (ISAF), que tem sede no Museu de História Natural da Flórida, nos Estados Unidos.   Ainda de acordo com o levantamento, foram registrados 578 ataques nesses territórios até o ano passado.

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