Longe do nível da elite do futebol, seleção dos EUA vê goleada como aprendizado

Estadão Conteúdo
22/06/2016 às 12:57.
Atualizado em 16/11/2021 às 04:00

(AFP / Frederic J. BROWN)

Certamente havia muitas coisas que os Estados Unidos poderiam ter feito melhor ou diferente na semifinal da Copa América Centenário, na última terça-feira, contra a Argentina, em Houston. No entanto, é perfeitamente possível não existir nada que os jogadores pudessem fazer para neutralizar Lionel Messi em uma derrota por 4 a 0 que ilustra o quão ampla é a diferença entre o futebol dos Estados Unidos e o da elite das seleções.

O craque eleito cinco vezes o melhor jogador do mundo deu o passe para Ezequiel Lavezzi abrir o placar no terceiro minuto e marcou um belo gol de falta aos 32 para se tornar o maior artilheiro da história da seleção da Argentina, com 55, sendo cinco marcados no torneio.

Depois, no segundo tempo, aos cinco minutos, Higuain marcou o terceiro gol argentino. E a vitória foi definida aos 41, quando Messi deu a assistência para o próprio Higuain fazer o seu quarto gol na Copa América.

Diante desse massacre, o técnico Jürgen Klinsmaan tentou encarar a derrota dos Estados Unidos como um aprendizado. "Haverá sempre um passo para trás e, em seguida, iremos mais dois para a frente", disse. "Essa é uma parte do nosso processo. Eu disse aos caras para levantar a cabeça e apenas digerirem. A Argentina é uma equipe especial", acrescentou.

O treinador também avaliou que o gol sofrido nos minutos iniciais do duelo foi decisivo para a derrota, especialmente pelo aspecto psicológico. "Nesse momento, é tudo mental, e isso quando você já perdeu a batalha mental", disse Klinsmann. "Está claro que quando eles têm uma vantagem, eles não irão cedê-la mais. Eles sabem exatamente como se organizar atrás da bola rapidamente".

Klinsmann foi forçado a mudar a escalação dos Estados Unidos em razão das suspensões dos meio-campistas Jermaine Jones e Alejandro Bedoya e do atacante Bobby Wood. E ele avaliou que essas baixas tiveram peso na derrota. "Nós não conseguimos compensar o fato de ter perdido esses três caras", lamentou.

Agora a seleção dos Estados Unidos vai disputar no sábado, em Glendale, no Arizona, o terceiro lugar da Copa América Centenário, tentando se recuperar da sua maior derrota desde que foi massacrada pelo México por 5 a 0 na decisão da Copa Ouro em 2009.
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