Lucas Silva comemora bom momento: 'sequência influencia diretamente no trabalho em campo'

Guilherme Guimarães
gguimaraes@hojeemdia.com.br
05/06/2018 às 07:19.
Atualizado em 03/11/2021 às 03:25

(Vinnicius Silva/Cruzeiro E.C.)

O técnico Mano Menezes buscava uma peça para dar equilíbrio ao Cruzeiro, que necessitava de um elo entre o meio-campo e o ataque. Alguns testes foram feitos, mas nenhum deles deu tão certo quanto o retorno de um velho conhecido: Lucas Silva. 

Titular em 15 jogos dos 17 que fez nesta temporada, o volante tem um histórico recente muito positivo no que diz respeito aos resultados das partidas. Com o prata da casa em campo, o Cruzeiro venceu 13 jogos, empatou três e perdeu apenas um. 

O volante ajudou no processo de consolidação do sistema defensivo azul, o melhor do Campeonato Brasileiro com apenas três gols sofridos em nove jogos. E o clube estrelado está invicto há quatro jogos, três pelo Brasileirão (venceu Santos, Palmeiras e Ceará) e um da Libertadores (Racing). Partida essa em que o jogador marcou seu último gol, em um chute de fora da área no Mineirão. 

Aguardando definição sobre o seu futuro, Lucas Silva, que está emprestado ao Cruzeiro pelo Real Madrid-ESP até o fim de junho, e pela sequência de jogos deve ser poupado contra o Vasco nesta quarta-feira (6) pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro, conversou com o Hoje em Dia e falou sobre o seu bom momento com a camisa cinco estrelas.  

“Eu fico feliz por ter conseguido esta sequência, algo que vinha trabalhando e buscando desde a minha chegada. Ter este ritmo de jogo ajuda muito e influencia diretamente no resultado em campo. Nossa equipe tem evoluído como um todo e todos têm entendido bem o que o Mano nos pede. A parte tática com certeza tem sido determinante, mas tem outros fatores também. O time ganhou uma cara mais competitiva e começou a acreditar mais no potencial que temos para buscar títulos”, comentou.

O Cruzeiro tem 74% de aproveitamento em 2018, o melhor nesse ranking dentre os clubes da Série A. Número alcançado pela evolução do time no ano. Mesmo com um papel defensivo, Lucas Silva tem aparecido bem no ataque e até marcou um belo gol na última rodada do Grupo 5 da Copa Libertadores, contra o Racing-ARG, no Mineirão. 

“Tenho trabalhado para isso e no último jogo da Libertadores consegui acertar um bom chute. Vinha conseguindo criar algumas chances, mas a bola não estava querendo entrar. Chute na trave, goleiro pegando, bola passando perto. Mas uma hora iria acontecer. Fico feliz, é algo que na minha posição também é importante, pois podemos surpreender o adversário. O Mano me dá certa liberdade para chegar, pois sabe dessa minha qualidade no chute. Dentro da dinâmica do time, aos poucos tenho conseguido sair mais, mas sempre com cautela e responsabilidade para manter a organização tática”, explicou.

Após conquistar a confiança de Mano Menezes, Lucas Silva não saiu mais do time titular. Muito pela inteligência e responsabilidade tática do jogador, que sabe respeitar os pedidos do treinador. 

“Ele cobra justamente esse equilíbrio. Saber dosar, tanto defensivamente como ofensivamente. Procuro tentar fazer a melhor leitura de jogo possível, para poder entender até onde posso ir e até onde preciso ajudar o pessoal mais da defesa. O meio-campo é isso. Precisamos sempre estar ligados e atentos para ditar o ritmo da partida”, comentou. 

Com um sistema defensivo mais compacto com Mano Menezes, o Cruzeiro versão 2018 tem muita diferença com o time bicampeão brasileiro em 2013 e 2014, quando Lucas Silva também aparecia com destaque no meio-campo comandando à época por Marcelo Oliveira. 

“Não vejo como dificuldade, até porque já fiz essa função. É mais uma questão de se readaptar e também de encaixar na equipe. Eu sabia que quando tivesse chances e sequência iria conseguir desempenhar o papel que todos esperavam quando retornei. Hoje fico um pouco mais atrás, sim, mas também com alguma liberdade. Talvez seja uma função mais tática do que anteriormente, que exige pensar mais e ter mais organização. Está dando certo, temos tomado poucos gols e na frente o pessoal está indo muito bem. Quando dá, a gente também vai lá e tenta arriscar. Mas o importante é todos entenderem que todos os setores são importantes para que o time tome poucos gols e faça o máximo possível. É sempre o conjunto que determina o resultado” 

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