O Paraná quase conseguiu amenizar sua crise financeira nesta sexta-feira (18), saiu na frente do placar, com um belo gol de Lúcio Flávio, mas acabou decepcionando o seu torcedor no final. No estádio do Canindé, a Portuguesa foi valente e, com o atacante Serginho, foi buscar o empate em 1 a 1. O resultado, porém, não é bom para nenhum dos dois lados.

Com o empate desta terça-feira, a Portuguesa segue em situação delicada na Série B, com apenas onze pontos somados, mas ao menos dorme fora da zona de rebaixamento. Em busca da recuperação na competição, o time do Canindé volta a campo na próxima terça-feira, às 19 horas (de Brasília), desta vez fora de casa, contra o Icasa, no Romeirão.

O Paraná, por sua vez, não consegue sair da degola. O empate sofrido no fim deixa a equipe com 10 pontos conquistados e com uma crise financeira pela frente. Agora, o time tricolor só volta a campo no dia 26 de julho, contra o ABC, no Durival Britto, em Curitiba.

A bola parada

No retorno à Série B, na última terça-feira, a Portuguesa apresentou certa melhora no futebol apresentado, o que deixou o torcedor um pouco mais esperançoso. Ainda assim, a presença de público no Canindé era pequena para a partida desta sexta-feira. Dentro de campo, a postura do time da casa praticamente justificava, já no início do confronto, a arquibancada vazia.

Com mais organização dentro de campo, o Paraná tinha espaço para tabelar na frente da área lusitana, aproveitava a movimentação dos seus atacantes e encontrava espaço para chutes perigosos. A Portuguesa, por sua vez, apostava em lances isolados e nas bolas paradas, já que tinha dificuldades para construir duas jogadas. Esta estratégia quase deu resultado no início da partida.

Logo aos seis minutos, o zagueiro Brinner se aventurou no ataque, recebeu sem marcação dentro da área, desviou de perna direita e acertou o travessão do goleiro Marcos. Na sequência, o arqueiro, que estava batido no lance anterior, apareceu para defender o chute cruzado de Serginho e salvar o Paraná. A partir de então, o time visitante passou a dominar a partida.

O espaço na cabeça da área permitiu à equipe tricolor começou a dar trabalho ao goleiro Rafael Santos em chutes de longa distância. Em duas ocasiões, o volante Lucas Otávio chegou de trás e acerou boas finalizações, obrigando também belas defesas. A Portuguesa respondeu em mais uma bola parada, na qual, após um desvio do escanteio, a zaga visitante apareceu para tirar em cima da linha.

Depois de perder a melhor chance do primeiro tempo, a Portuguesa foi castigada nos minutos finais. Aos 43, Luciano Castán chegou atrasado e cometeu falta muito próxima à área. Lúcio Flávio usou sua experiência e não decepcionou. Com a perna direita, o camisa 10 fez a bola encobrir a barreira e ainda tocar a trave antes de cair no fundo do gol rubro-verde.

O empate vem no fim

Mesmo com a derrota parcial em casa, o treinador Marcelo Veiga preferiu não alterar sua equipe. Se a esperança era uma mudança de postura, a desorganização dos jogadores em campo já no início da etapa complementar mostrou que estava difícil de a Portuguesa reagir na partida. O Paraná, por sua vez, passou a ficar mais recuado e esperou a ação dos donos da casa.

Os três volantes não ajudavam a envolver o adversário, Allan Dias não se apresentava, e Serginho, o mais esforçado, ficava praticamente isolado no ataque. Desta forma, a Portuguesa parecia não encontrar o caminho para reagir no confronto. Antes mesmo dos 20 minutos, a irritada torcida rubro-verde começou a entoar os gritos de "raça" no Canindé.

Ciente da dificuldade para chegar ao empate, Marcelo Veiga, que havia sido obrigada a gastar uma alteração no primeiro tempo, trocando o lesionado Rudnei, sacou o estreante Pedro Oldoni. A mudança, porém, não foi com a intenção de reforçar a armação: o uruguaio Bryan Aldave, que também é centroavante, foi acionado para fazer sua primeira partida pela Portuguesa.

Com o passar do tempo, o time da casa passou a tentar colocar mais velocidade, mas ainda faltava organização. Desta forma, os ataques lusitanos se limitaram a jogadas isoladas de algum jogador, que ganhava da marcação ou sofria uma falta perigosa. O Paraná aproveitou os espaços deixados e carimbou a trave. O objetivo, porém, estava perto de ser consolidado.

O que estava perto ficou longe nos minutos finais. Já nos acréscimos, o uruguaio Bryan Aldave dominou dentro da área, fez o pivô e rolou para Serginho. O atacante bateu colocado de perna esquerda, contou com o desvio na zaga e viu a bola balançar as redes. Era o empate da Portuguesa, que conseguia ao menos dormir fora da zona de rebaixamento nesta sexta.

FICHA TÉCNICA
PORTUGUESA 1X 1 PARANÁ

Local: Estádio do Canindé, em São Paulo (SP)
Data: 18 de julho de 2014, sexta-feira
Horário: 19h30 (de Brasília)
Árbitro: Charles Hebert Cavalcante Ferreira (AL)
Assistentes: Pedro J. Santos de Araujo e Otávio Correia de Araujo Neto (ambos de AL)
Cartões Amarelos: Marcos Serrato, Gustavo, Arthur (Paraná), Serginho, Allan Dias e Luciano Castán (Portuguesa)
Gols: Paraná: Lúcio Flávio, aos 43 minutos do primeiro tempo
Portuguesa: Serginho, aos 47 minutos do segundo tempo

PORTUGUESA: Rafael Santos, Arnaldo, Brinner, Luciano Castán e Régis; Rudnei (Wéverton), Maycon, Jocinei e Allan Dias (Marcelinho); Serginho e Pedro Oldoni (Bryan Aldave)
Técnico: Marcelo Veiga

PARANÁ: Marcos, Chiquinho, Gustavo, Alisson, e Breno; Lucas Otávio, Ricardinho, Marcos Serrato e Lucio Flavio; Tiago Alves (Arthur) e Giancarlo (Thiago Humberto)
Técnico: Claudinei Oliveira

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