O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) anunciou nesta quinta-feira, 11, a convocação de 147 atletas de nove modalidades que representarão o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, que acontecerão de 28 de agosto a 8 de setembro. A convocação de toda a delegação brasileira tem sido realizada em três partes. A primeira convocação aconteceu no último dia 25 de junho e os nomes restantes serão do tênis em cadeira de rodas a serem anunciados no próximo dia 18 de julho. Nesta lista divulgada, Minas Gerais terá 15 representantes com esperanças de medalhas. São eles:
Claudiney dos Santos - Atletismo
Izabela Campos - Atletismo
Cássio Damião - Atletismo
Matheus Carvalho - Bocha
Harlley Damião - Judô
Carolina Fernandes - Halterofilismo
Lara Sullivan - Halterofilismo
Mateus de Assis - Halterofilismo
Weverton dos Santos - Halterofilismo
Leticia Freitas - Triathlon
Arthur Xavier - Natação
Ana Carolina Moura - Taekwondo
Oscar Carvalho - Calheiro
Margarida Vieira - Apoio
Fabrizio Veloso - Psicólogo
“A expectativa para a nossa participação em Paris 2024 é a melhor possível. Esperamos fazer a melhor campanha da história dos Jogos Paralímpicos. Gostaríamos de agradecer também a todas Confederações por todo o trabalho que desenvolveram ao longo deste ciclo”, afirmou Yohansson Nascimento, vice-presidente do CPB.
Atletas espalhados pelo país
Ao todo, foram anunciados 126 atletas com deficiência, 17 guias (sendo 16 do atletismo e 1 do triatlo), três calheiros da bocha, e um timoneiro do remo, totalizando 147 convocados no total. Com isso, somando com a primeira lista de convocação, a delegação brasileira já conta com 271 participantes em Paris. Essa já é a maior delegação brasileira convocada para uma edição dos Jogos fora do Brasil. Antes, a maior equipe nacional era de 259 convocados em Tóquio 2020. O recorde de participantes do país foi nos Jogos do Rio 2016, ocasião em que o Brasil sediou o megaevento e contou com 278 atletas em todas as 22 modalidades já classificadas automaticamente.
Por modalidade, houve a convocação de 70 atletas e 16 guias do atletismo, nove competidores e três calheiros da bocha, seis ciclistas, 13 judocas, 11 halterofilistas, sete atletas e um timoneiro do remo, cinco arqueiros, dois atiradores esportivos, além de três atletas e um guia do triatlo.
Modalidade com a maior quantidade de convocados para Paris 2024, o atletismo é o esporte em que o Brasil mais conquistou medalhas em Jogos Paralímpicos. Ao todo, o país já faturou 170 medalhas na história da competição, somando os pódios das provas nas pistas e no campo – foram 48 de ouro, 70 de prata e 52 de bronze.
O atletismo paralímpico brasileiro teve a sua melhor participação nos Jogos do Rio 2016, quando foi responsável por 33 medalhas de um total de 72 pódios conquistados pela delegação brasileira. Uma representatividade de 46% do total. Em Tóquio 2020, os esportistas do atletismo subiram ao pódio 28 vezes.
Entre os convocados, estará o velocista paraibano Petrúcio Ferreira, que buscará o seu tricampeonato paralímpico na prova dos 100m da classe T47 (amputados de braço). Antes, foi medalhista de ouro na prova em que é especialista nos Jogos do Rio 2016, com o tempo de 10s47, e, em Tóquio 2020, com 10s43. O velocista ainda é o atual recordista mundial da disputa, com o tempo de 10s29, registrados em 2022, durante o Desafio CPB/CBAt, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.
Outro nome convocado do atletismo será a acreana Jerusa Geber, que chegará a Paris como o status de ser a atleta cega mais rápida do mundo. Medalhista em três edições de Jogos Paralímpicos (Pequim 2008, Londres 2012 e Tóquio 2020), a velocista é a atual recordista mundial dos 100m da classe T11 (deficiência visual), com o tempo de 11s83, anotados durante a 1ª Fase Nacional do Circuito Loterias Caixa de atletismo, no CT Paralímpico, em 2023.
Já nas provas do campo, o Brasil terá importantes presenças, como da paulista Beth Gomes (classe F53), do paraibano Cícero Nobre (F57), do mineiro Claudiney Batista (F56) e da amapaense Wanna Brito (F32).
Terceira modalidade que mais trouxe medalhas para o Brasil na história dos Jogos Paralímpicos, com 25 pódios (cinco ouros, nove pratas e 11 bronzes), o judô contará com a ida da paulista Alana Maldonado (classe J2), primeira mulher medalhista de ouro do Brasil na modalidade (em Tóquio 2020), e do paraibano Wilians Araújo (J1), campeão mundial em 2022.
A bocha, quarta modalidade mais vencedora do país em Jogos, com 11 medalhas (seis ouros, uma prata e quatro bronzes), tentará superar os dois bronzes conquistados em Tóquio 2020. Para isso, será representada por atletas como Andreza Vitória (BC1), campeã mundial em 2022, e do cearense Maciel Santos (BC2), campeão parapan-americano em 2023 e ouro na Copa do Mundo no Rio 2022.
Por fim, a paulista Mariana D’Andrea, mulher com baixa estatura mais forte do mundo, está entre os convocados do halterofilismo. A brasileira é a atual recordista mundial da categoria até 79kg, com 151 kg levantados no Mundial de Dubai 2023. Nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, a atleta foi medalhista de ouro, em uma faixa de peso abaixo, até 73kg, ao suportar 137kg. Ou seja, em dois anos, Mariana aumentou em 14kg sua carga em competições internacionais.
Na história dos Jogos Paralímpicos, o Brasil já conquistou 373 medalhas (109 de ouro, 132 de prata e 132 de bronze), ou seja, está a 27 do seu 400º pódio no evento. Na última edição, Tóquio 2020, o país fez a sua melhor campanha com 72 medalhas no total, a mesma quantidade obtida nos Jogos do Rio 2016. Destas, 22 foram de ouro, superando as 21 de Londres 2012. Ainda foram mais 20 pratas e 30 bronzes no Japão.
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