Federação proíbe mulheres trans em competições internacionais de atletismo
Federação proíbe mulheres trans em provas internacionais de atletismo (Reprodução / Twitter Oficial WorldAthletics)
A Federação Internacional de Atletismo (World Athletics Council) anunciou que a partir do dia 31 de março mulheres transgênero, ou com diferenças de desenvolvimento sexual (DSD), não poderão competir em eventos internacionais de atletismo. A decisão ainda não é definitiva, segundo o presidente da World Athletics, Sebastian Coe.
“Decisões que envolvam necessidades e direitos conflitantes entre grupos distintos são sempre difíceis. Continuaremos com a visão de que devemos manter a justiça para as atletas femininas acima de todas as outras considerações. Vamos nos guiar pela ciência no tocante à performance física e à vantagem masculina que, inevitavelmente, se desenvolverá nos próximos anos. Conforme mais evidências forem aparecendo, vamos revisar nossa posição, mas acreditamos que a integridade da categoria feminina no atletismo é fundamental”, ponderou Sebastian.
Para acompanhar o tema, a World Athletics vai criar uma frente de trabalho com membros do conselho, um atleta transgênero, atletas que pertencem a Comissão de Atletas e representantes do departamento mundial de saúde e ciência do atletismo.
Outro pauta aprovada pelo Conselho foi o retorno da Federação Russa (RusAF) após sete anos de suspensão, devido a flagrantes violações institucionais de doping. No entanto, atletas, oficiais e pessoal de apoio da Rússia e da Bielo-Rússia ainda estão excluídos da competição no futuro previsível devido à invasão da Ucrânia pela Rússia.
Porém, a RusAF será obrigada a cumprir um conjunto de 35 'Condições Especiais' destinadas a garantir que as reformas antidoping da RusAf permaneçam em vigor e continuem a operar de forma eficaz. Estas condições especiais serão aplicadas por um período de três anos.
“Foi um empreendimento gigantesco ao longo de sete anos, mas seu compromisso e diligência deram ao Conselho a confiança de que a Federação Russa reformou sua estrutura e cultura e agora está no caminho certo em termos de lidar com questões de doping. É importante que a RusAF continue nesse caminho, mas estamos confiantes de que a Unidade de Integridade do Atletismo tem experiência para monitorar e avaliar a situação daqui para frente”, disse o presidente.
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