(Rafael Ribeiro/CBF)
O técnico Mano Menezes já sabe como conquistar a torcida paulista no jogo desta sexta-feira (7), contra a África do Sul, no Morumbi. O treinador sabe que o torcedor de São Paulo costuma ter menos paciência com a seleção e que será difícil agradar a um público que sequer lotará o estádio tricolor.
"A torcida começa apoiando, mas para manter isso por 90 minutos a gente tem que fazer a nossa parte, o que significa jogar um futebol envolvente e que seja atrativo", destacou Mano Menezes, nesta quinta, em entrevista coletiva.
De acordo com o treinador, é normal que haja desconfiança da torcida com uma seleção que, até aqui, não convenceu, apesar dos jogadores de talento incontestável, como Neymar, Daniel Alves e Thiago Silva. "Trata-se de um grupo novo, que ainda está em formação, então é natural que as pessoas não tenham toda essa confiança na seleção", opinou.
Mano também confirmou que o Brasil vai entrar em campo com uma formação ofensiva para pegar a África do Sul, com o são-paulino Lucas entre os titulares ao lado de Oscar no meio-campo. A equipe, conforme revelou o treinador, terá: Diego Alves; Daniel Alves, Dedé, David Luiz e Marcelo; Sandro, Oscar, Lucas e Ramires; Neymar e Damião.
Com Lucas e Oscar no time, Ramires vai jogar como segundo volante e, na opinião de Mano, não terá dificuldades em se adaptar. O treinador lembrou que na fase final da Liga dos Campeões, o jogador se destacou jogando pela direita. Como Mano espera a África do Sul retraída, Ramires ganha a função de abrir espaços em velocidade.
ROMÁRIO - Mano Menezes também foi perguntado a respeito das declarações de Romário, que indicou existir um "cartel" nas convocações da seleção, com a venda de jogadores depois, citando nominalmente os casos de Hulk (que foi para o Zenit, da Rússia) e de Cássio, que segundo o deputado irá se transferir para a Roma.
Mas o treinador voltou a fugir da polêmica: "Continuo pensando da mesma forma como pensei no dia da convocação", disse ele. Na ocasião, Romário também havia proferido críticas e Mano rebateu dizendo que "quando o respeito não existe não devemos considerar algo positivo para a seleção brasileira."