Palhinha, que nesta quinta-feira (11) completa 70 anos, é uma marca do futebol mineiro. Revelado pelo Cruzeiro, onde chegou aos 14 anos, para jogar futebol de salão, ele estreou no time principal aos 18, num time que contava com craques como Raul, Zé Carlos, Piazza, Natal, Dirceu Lopes, Evaldo e Tostão, ele era o garoto da turma.
Espécie de reserva de luxo da maior equipe da história cruzeirense, ele amadureceu neste período para começar a virar protagonista a partir de 1972, com a venda de Tostão ao Vasco. Atacante valente, rompia as defesas adversárias e tinha duelos memoráveis com os zagueiros da época.
Com a chegada de Nelinho, sua facilidade para cavar faltas e pênaltis virou uma arma cruzeirense, que tinha o maior chutador do futebol brasileiro nos anos 1970.
Nesta primeira passagem venceu por seis vezes o Campeonato Mineiro (1968, 1969, 1972, 1973, 1974 e 1974), mas marcou mesmo seu nome na história do clube com a grande participação no título da Copa Libertadores de 1976.
Foi o artilheiro do time e da competição, com impressionantes 13 gols, e passou a ser um dos centroavantes mais cobiçados do futebol brasileiro.
Em 1977, o Corinthians pagou US$ 1 milhão ao Cruzeiro, na maior transação do futebol brasileiro na época, para leva-lo ao Parque São Jorge. No clube paulista, participou da histórica conquista do Campeonato Paulista de 1977, quando o Timão quebrou um jejum de 23 anos sem título oficial.
Atlético
Em 1980, quando o Atlético montava um esquadrão, foi contratado para jogar numa função diferente, como ponta-de-lança, formando dupla de ataque com Reinaldo, que era o centroavante.
A forte ligação com o Cruzeiro, onde foi revelado e clube para o qual torce, não impediu que Palhinha fizesse história também com a camisa alvinegra. Foi vice-campeão brasileiro em 1980 e venceu duas edições do Campeonato Mineiro (1980 e 1981) pelo Galo.
Palhinha defendeu o Atlético em 1980 e 1981. Foi vice-campeão brasileiro na primeira temporada e venceu o Campeonato Mineiro nos dois anos
Retorno
Depois de passar por Santos (1981) e Vasco (1982), Palhinha voltou ao Cruzeiro, onde jogou em 1983 e 1984, quando a ponta-de-lança já era a sua posição. E conquistou seu último Campeonato Mineiro pelo clube, em 1984.
Em 1985, seu último ano como jogador de futebol profissional, ele passou a integrar o grupo de atletas que defenderam os três clubes de Belo Horizonte jogando pelo América.
Treinador
Após parar com o futebol, Palhinha iniciou a carreira de treinador no próprio América, em 1985. Depois, passou por Atlético, Cruzeiro e Corinthians, clubes onde brilhou intensamente.