Marcos Rocha: o homem de ‘100 milhões de euros’

Frederico Ribeiro - Hoje em Dia
21/03/2015 às 09:15.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:25

(Eugênio Moraes/Hoje em Dia)

Enquanto os demais jogadores do Atlético apertavam o passo, ansiosos para chegar em casa após as cansativas dez horas de viagem entre Bogotá e Belo Horizonte, o lateral-direito Marcos Rocha parecia ainda estar nas nuvens. Parou próximo ao portão de desembarque do Aeroporto de Confins e, tranquilamente, falou com a imprensa. Depois, mostrou paciência para dar autógrafos e até mesmo pegar o celular de uma torcedora para tirar “selfies” com a mesma expressão de felicidade.   Em alta na equipe após voltar de lesão, o jogador é cobiçado na Europa, mas não deixa o clube “nem por 100 milhões de euros”, segundo o presidente atleticano, Daniel Nepomuceno. E, ao contrário de épocas passadas, não almeja tanto deixar o Galo rumo ao Velho Continente.   “Não tenho pretensão de sair. Se acontecer, tem que ser uma coisa grande. A torcida pode ficar tranquila. Ainda tenho muito a fazer pelo clube. O reconhecimento (renovação de contrato) em janeiro deu tranquilidade. Caso venha proposta, vamos procurar nos entender da melhor forma”, disse o atleta, cujo vínculo vai até o fim de 2018.   Apesar de atuar em uma função afastada dos holofotes, Rocha se tornou um pilar no esquema do técnico Levir Culpi. Retornou ao time com gol sobre a URT, pelo Estadual, e foi um dos destaques na vitória fora de casa por 1 a 0 sobre o Santa Fe, pela Libertadores.   Não à toa, o ex-jogador e agora empresário Deco fez uma parceria com o agente de Rocha. Também não é novidade o interesse do Porto no atleta de Sete Lagoas. Especialmente desde que o titular Danilo, ex-América, entrou no radar do Real Madrid.   “Fico feliz pelo reconhecimento do presidente. Disse a ele que vou passar na sala dele nesta semana (risos). Quando um jogador se torna importante, é sinal de que vem agradando. Mas a responsabilidade aumenta, porque tenho de agradar a todos, à minha torcida, ao treinador e à diretoria. Preciso trabalhar com pés no chão”, analisa.   EXAGERO   Nepomuceno certamente usou a hipérbole para elogiar o atleta, já que uma oferta de 100 milhões de euros seria inimaginável neste momento. A maior negociação da história do Galo, por exemplo, rendeu um montante quatro vezes menor, na venda do meia Bernard. “É muito dinheiro”, reconhece Rocha.    Além disso, o Porto não costuma “queimar” muito dinheiro. Normalmente, opta por negócios de menor custo, prevendo vendas futuras. O maior investimento dos Dragões foi no brasileiro Hulk, por 19 milhões de euros, em 2008. O segundo maior gasto foi justamente com Danilo, em 2011, por 13 milhões de euros. Hoje, Rocha estaria avaliado em 5,5 milhões de euros.  

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