(Flávio Tavares)
Mariana Silva deu um grande passo rumo à segunda medalha do judô brasileiro nos Jogos do Rio, depois do ouro de Rafaela Silva, ao se classificar nesta terça-feira para as semifinais da categoria até 63kg, com vitória emocionante sobre a israelense Yarden Gerbi.
Campeã mundial no Rio, em 2013, e medalhista de prata em Chelyabinsk-2014, Gerbi era considerada favorita da luta, mas era sem contar com o apoio da torcida brasileira e a garra de Mariana.
O combate foi intenso e disputadíssimo, sem que nenhuma judoca conseguisse fazer a diferença no tempo regulamentar.
A decisão ficou para o 'Golden Score', e a torcida levou um grande susto quando Mariana foi derrubada e caiu de costas, mas não houve pontuação porque o árbitro considerou que a brasileira tinha bloqueado o ataque da israelense antes da queda.
Aliviada, a paulista de 27 anos partiu para cima e foi premiada com um yuko que levou ao delírio o público da Arena Carioca 2.
Mariana também travou um duelo muito acirrado nas quartas de final, contra a alemã de origem polonesa Martyna Trajdos, atual campeã europeia.
O combate foi truncado, com nenhuma das duas atletas conseguindo acertar na pegada.
O que fez a diferença foram as penalidades, e brasileira levou a melhor, por levar apenas uma, contra três da adversária.
A estreia foi bem mais tranquila: a brasileira conseguiu se impor no chão, imobilizando a adversária Szandra Szogedi com chave de perna.
Penalber eliminado
Na sessão da tarde, por volta de 16h00, Mariana enfrentará na semi a atual campeã mundial Tina Trstnjak, da Eslovênia, que também conquistou o bronze em Chelyabinsk-2014.
No masculino, o carioca Victor Penalber, que era tido como uma das principais chances de medalhas no Brasil nos tatames, foi derrotado por ippon por Sergiu Toma, dos Emirados Árabes Unidos.
O carioca de 26 anos nunca conseguiu se impor na luta e levou dois wazaris, o que configurou o ippon. Ele até conseguiu marcar um yuko depois do primeiro wazari, mas não foi suficiente para reverter o prejuízo, apesar dos gritos de "vamos virar Victor!" nas arquibancadas.
Na estreia, Penalber tinha vencido com facilidade o moçambicano Marlon Acácio, por estrangulamento.
No ano passado, ele tinha sido o único brasileiro a conquistar medalha no Mundial de Astana, quando faturou o bronze.
De origem moldava, Toma também conquistou um bronze em Mundial, em 2011, em Paris, quando ainda competia pelo seu país de origem.