SÃO PAULO - Presidente da CBF desde março de 2012, José Maria Marin amargou na noite da última sexta-feira (19), o primeiro fracasso de um trabalho iniciado na sua gestão. Atual campeã mundial e tri continental, a seleção brasileira sub-20 foi eliminada na primeira fase do Campeonato Sul-Americano da categoria e não defenderá seu título neste ano, na Turquia.  Para aumentar o vexame, com sua pior campanha na história, lanterna do seu grupo, o time nacional terminou como segundo pior da competição, à frente apenas da Bolívia.

Em San Juan, na Argentina, perdeu para o Uruguai, por 3 a 2, e para o Peru, por 2 a 0, empatou com o Equador, por 1 a 1, e só venceu a Venezuela, por 1 a 0. O time canarinho não se mostrou capaz de garantir uma das três vagas ao hexagonal decisivo numa chave de cinco equipes.

Segundo maior vencedor de Mundiais com cinco taças - uma a menos do que a recordista, Argentina -, o Brasil só tinha se ausentado de uma edição, em 1977. O time canarinho havia conquistado 11 dos 25 torneios continentais anteriores.

A derrota para o México na final olímpica de Londres-2012 encerrou um projeto iniciado na administração de Ricardo Teixeira e com um treinador que nunca contou com a aprovação de Marin. Tanto que Mano Menezes acabou demitido em novembro de 2012, como parte de um projeto da nova cúpula da CBF.

Já o técnico da seleção sub-20, Emerson Ávila, foi escolhido pelo recente comando da confederação, em substituição a Ney Franco, que aceitou convite do São Paulo em julho do ano passado e deixou a CBF.

Antes do triunfo sobre os venezuelanos, Marin fez questão de explicitar sua visita aos atletas e à comissão técnica no hotel em San Juan e sua promessa de ver o jogo no estádio. Estava acompanhado pelo ex-atacante Bebeto, membro do conselho de administração do Comitê Organizador Local da Copa-2014 e pai do meia Matheus, que fazia parte da seleção. 

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