Memória Celeste quer contar história de superação de um cruzeirense que mora na Amazônia

Da Redação
Hoje em Dia - Belo Horizonte
06/11/2017 às 22:17.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:34
 (Memória Celeste/Divulgação)

(Memória Celeste/Divulgação)

O coletivo Memória Celeste, conhecido por contar histórias sobre os torcedores do Cruzeiro, divulgou nesta terça-feira (7) uma campanha de financiamento coletivo para arrecadar fundos em prol de um novo filme. “Azul Escuro. A incrível história de um cruzeirense na Amazônia” é o trabalho que o grupo tentará apresentar para o Brasil, e tem o “Seu Lúcio”, um cruzeirense cego, de 65 anos, que será o personagem principal da película. E ele tem um sonho: escrever um livro em braile sobre o clube de seu coração.

Formado por profissionais da comunicação e do audiovisual, o Memória Celeste, que trabalha de forma independente, vai precisar do esforço da torcida cruzeirense e de apoiadores para lançar um novo filme. O grupo precisa alcançar por meio de doações na plataforma Catarse cerca de R$ 33 mil para custear as despesas da produção cinematográfica. Como o vídeo será gravado no Norte do País, será preciso um esforço coletivo para que o projeto saia do papel.

É que Seu Lúcio mora no município de Novo Airão, localizado a cerca de oito horas de barco de Manaus, capital do Amazonas, e o valor a ser alcançado será utilizado para custear as despesas com transporte, passagens aéreas, hospedagem e demais gastos necessários para a produção.

A história de “Seu Lucio” “caiu no colo” do Memória Celeste após uma pesquisa no Facebook. Uma postagem do cruzeirense Vitor Berlim na rede social chamou a atenção do coletivo. No primeiro semestre deste ano, Vitor esteve no Norte do Brasil e se emocionou com a vida de superação do mineiro que mora no meio da Floresta Amazônica.

“O Seu Lúcio (que me contou isso tudo e autorizou tal publicação) é mineiro de Nova Lima, e girou por seis cidades mineiras em diferentes orfanatos ao longo da infância. Passou um tempo no Hospital da Baleia e outro no Instituto João Pinheiro em Belo Horizonte, e além disso também viveu em Lagoa Santa, Bom Despacho, Juiz de Fora e Antônio Carlos. Em 1970 se mudou para Manaus onde trabalhou e morou até 1981 alternando sua função de policial e radialista. Mudou-se para Novo Airão em 1981 e lá está até hoje. Desde 2004 passou a conviver com a deficiência visual em função de glaucoma. E neste momento, onde muitos iriam desistir, ele resistiu. Para isso, se utilizou de uma de suas maiores paixões, o futebol”, escreveu Vitor no Facebook, e foi justamente isso que chamou a atenção do Memória Celeste, afirmam os membros do coletivo.

. No link há um vídeo de divulgação e os tópicos de doação que terão valores de R$ 23 a R$ 5 mil como cotas de participação no filme. 

Jogadores e ex-jogadores apoiam a iniciativa

O eterno capítão cruzeirense Wilson Piazza apoia a campanha do Memória Celeste e é um dos personagens do vídeo de divulgação do projeto. Além dele, o volante Henrique, que carrega a atual faixa de capitão no elenco, é outro que dá forças para “Azul Escuro. A incrível história de um cruzeirense na Floresta Amazônica” ser publicado.

O volante Hudson e o zagueiro Léo, por meio de suas redes sociais, também já começaram a divulgar a campanha. 

Veja como será aplicado o dinheiro arrecadado com a campanha de financiamento coletivo pelo filme Azul Escuro Memória Celeste/Divulgação

  

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