Memória charrua: Guilherme Arana pode aumentar história ‘mineira’ no clássico Brasil x Uruguai

Alexandre Simões
@oalexsimoes
15/11/2020 às 14:27.
Atualizado em 27/10/2021 às 05:03
 (Arquivo Pessoal Dirceu Lopes)

(Arquivo Pessoal Dirceu Lopes)

Brasil e Uruguai fazem amanhã, no Estádio Centenário, o primeiro clássico das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa de 2022. E o lateral Guilherme Arana, do Atlético, convocado por Tite para a vaga de Alex Telles, cortado por testar positivo para Covid-19, pode aumentar a história do futebol mineiro contra a Celeste Olímpica.

O primeiro Brasil x Uruguai a ter um jogador de um clube mineiro em campo foi em 19 de janeiro de 1937, em Buenos Aires, pelo Campeonato Sul-Americano da Argentina. Niginho, o maior ídolo do Palestra Itália (Cruzeiro) na época entrou no lugar de Carvalho Leite, do Botafogo, aos 20 minutos do segundo tempo e aos 32 fez o gol da vitória brasileira, de virada, por 3 a 2.Arquivo Pessoal Dirceu LopesDirceu Lopes, Piazza e Totsão erguem a Copa Rio Branco, que ajudaram a Seleção Brasileira a conquistar em 1967

Dos 76 confrontos oficiais, entre as seleções principais dos dois países, 23 deles, quase 1/3 do total, tiveram jogadores de clubes mineiros em campo. E essa história começa recheada de estreias.

A primeira delas em 11 de abril de 1948, quando Carlyle se tornou o primeiro atleticano a jogar pela Seleção Brasileira principal. Foi numa derrota de 4 a 2 para os uruguaios, no Estádio Centenário, pela Copa Rio Branco, mas ele comprovou sua fama de artilheiro, que levou à sua convocação por Flávio Costa. E apenas com dois minutos em campo, depois de entrar no intervalo, no lugar de Friaça, marcou o segundo gol do Brasil.

Cruzeirenses

Quase duas décadas depois, em 25 de junho de 1967, três cruzeirenses vestiram a amarelinha pela primeira vez num jogo contra o Uruguai, em Montevidéu, pela Copa Rio Branco, disputada entre os dois países.

Aimoré Moreira escalou de cara, no empate por 0 a 0, Hilton Oliveira, Dirceu Lopes e Piazza, que foi inclusive o capitão do time. Tostão também jogou, mas a Seleção não era novidade para ele.

A disputa da Copa Rio Branco teve mais dois jogos, no segundo, em 28 de junho, Natal também estreou pela Seleção entrando no segundo tempo, no lugar do centroavante Edu, do América-RJ, que é irmão de Zico.

O jogo terminou com cinco cruzeirenses em campo, situação que aconteceu desde o apito final na terceira e última partida entre brasileiros e uruguaios, em 1º de julho de 1967, no Estádio Centenário. Este é um recorde do Cruzeiro no que se refere à Seleção, lembrando que Raul ainda era o reserva de Félix.

O gol do empate por 1 a 1 foi marcado por Dirceu Lopes, o seu primeiro pela Seleção. A igualdade fez com que a taça seguisse com o Brasil. E ela foi erguida pelos cruzeirenses, no Mineirão, logo que eles retornaram a BH.

Contusão

Menos de um ano depois, brasileiros e uruguaios voltaram a se enfrentar pela Copa Rio Branco, mas jogando no Brasil. Tostão marcou nas duas partidas, a primeira delas um 2 a 0, no Pacaembu, em São Paulo, e a segunda uma goleada por 4 a 0, no Maracanã.

Neste segundo confronto, em 12 de junho de 1968, após dividida com Ibáñez, o volante Piazza quebrou a perna esquerda. Era apenas a quinta das suas 51 partidas oficiais pela Seleção Brasileira principal. E o quinto confronto com o Uruguai.

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