Messi marca, Argentina vence e segue viva na Copa

Estadão Conteúdo
26/06/2018 às 16:55.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:00

(GABRIEL BOUYS / AFP)

A Argentina está viva na Copa da Rússia. Com gol aos 40 minutos do segundo tempo, a equipe de Lionel Messi venceu a Nigéria por 2 a 1, em São Petersburgo, nesta terça-feira (26). O resultado dramático foi suficiente para a equipe bicampeã mundial se classificar às oitavas de final como segunda colocada do Grupo D.

A Argentina foi favorecida pela vitória da Croácia sobre a Islândia por 2 a 1 no outro jogo da chave, disputado simultaneamente. Messi, escolhido o melhor em campo, fez um gol e acertou uma cobrança de falta na trave. E continua vivo na Copa do Mundo, ao lado dos seus companheiros.

A classificação teve um herói improvável. O defensor Marcos Rojo, barrado pelo técnico Jorge Sampaoli nos jogos anteriores, fez um belo gol, acertando de primeira o cruzamento de Mercado. Após o apito final, a torcida argentina fez uma incrível festa no estádio de São Petersburgo. A segunda maior cidade russa virou um pedaço de Buenos Aires.

Foi o quinto confronto entre os dois times em uma fase de grupos da Copa. Cinco vitórias da Argentina. A Nigéria é mais um time africano eliminado. Agora, só resta Senegal.

Nas oitavas de final, a Argentina vai enfrentar a França às 11 horas (horário de Brasília) deste sábado, em Kazan. A Croácia, outra classificada do Grupo D, terá pela frente a Dinamarca no domingo, às 15 horas, em Nijni Novgorod.

O JOGO

O duelo em São Petersburgo começou nervoso dos dois lados. Muito nervoso. Os dois times tinham dificuldade para acertar três passes seguidos. A primeira vez que a Argentina conseguiu chegar ao gol de Uzoho foi justamente a primeira vez em que o time conseguiu uma sequência regular de passes. Foi um chute torto de Di Maria, mas mostrou que o time está mais organizado e disposto do que nas partidas anteriores.

Sampaoli fez o que os jogadores haviam pedido durante no princípio de motim que sacudiu a seleção. Voltou ao tradicional 4-4-2, escalando Banega e Di María para ajudarem Messi na criação. Na frente, Higuaín era a referência na área.

Aos 13 minutos, grande lançamento de Banega para Lionel Messi. Ele dominou na coxa, deu um toque com a perna esquerda e arrematou de perna direita. A comemoração foi incomum. Ele correu para os lados do campo e se ajoelhou no gramado apontando para o céu. Depois de dois jogos e um pênalti perdido, o camisa 10 desencantou. Foi o 100º gol da Copa do Mundo.

Tão importante como o gol de Messi foi o passe de Banega. Lançamento longo, improvável e perfeito. A entrada do meia do Sevilla melhorou a saída de bola e ainda deu liberdade para Messi flutuar do meio para a frente. Ele não precisava mais buscar a bola no pé do zagueiro, como aconteceu diante da Islândia, por exemplo. Pela primeira vez na Copa, o camisa 10 estava à vontade. Aos 33, ele acertou uma bola na trave em cobrança de falta.

A Nigéria cometeu o erro recorrente de todos os times que possuem a vantagem do empate: só adiantou a marcação e passou a se preocupar com a posse de bola depois de ter sofrido o gol. O time dirigido por Gernot Rohr se preparou para o contra-ataque desde cedo. Recuou todos jogadores - até o atacante Musa - e ficou esperando a hora do bote. Não teve chances. O cenário mudou drasticamente no começo da etapa final. Sem conseguir criar, o time africano apostou na jogada.

O volante Mascherano, pilar da equipe que havia errado duas ou três saídas de bola, cometeu pênalti ao agarrar Balogun, em falta confirmada com o auxílio de vídeo (VAR, na sigla em inglês). Na cobrança, Victor Moses bateu com categoria e empatou. Silêncio em São Petersburgo.

O nervosismo e a pressão espremiam o coração argentino dentro e fora de campo. A torcida ficou pelo menos dez minutos calada depois do gol de empate. Os cantos tímidos só recomeçaram quando o time começou a jogar a bola na área. Desespero já aos 19 minutos. Com entrada de Pavón, Messi recua para o meio, Banega ajuda Mascherano na marcação e a Argentina se solta ao ataque.

A Nigéria começou finalmente explorar o contra-ataque. Aos 23, a bola bateu no braço aberto do lateral Mercado. O árbitro Çakir Cuneyt decidiu não dar o pênalti. A Nigéria ficou mais próxima do segundo gol que a própria Argentina, como mostrou a chance perdida por Ighalo frente a frente com Armani.

A redenção veio de maneira improvável com um jogador contestado: Marcos Rojo. Aos 40 minutos do segundo tempo, o zagueiro que havia sido barrado no jogo anterior completou de primeira o cruzamento de Mercado. Vitória suada. Vitória da classificação. Delírio em São Petersburgo, que vai virar uma cidade argentina por uma noite.

FICHA TÉCNICA:

ARGENTINA 2 x 1 NIGÉRIA

ARGENTINA - Armani; Mercado, Otamendi, Rojo e Tagliafico (Agüero); Pérez (Pavón), Mascherano, Banega e Di María (Meza); Messi e Higuaín. Técnico: Jorge Sampaoli.

NIGÉRIA - Uzoho; Balogun, Ekong e Omeruo (Iwobi); Moses, Etebo; Mikel, Ndidi e Idowu; Musa (Nwabnkwo) e Iheanacho (Ighalo). Técnico: Gernot Rohr.

GOLS - Messi, aos 13 minutos do primeiro tempo. Moses (pênalti), aos 5, e Rojo, aos 40 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Balogun, Mascherano, Banega, Mikel, Messi.

ÁRBITRO - Çakir Cuneyt (Turquia).

RENDA - Não disponível.

PÚBLICO - 64.468 pagantes.

LOCAL - Estádio de São Petersburgo, em Moscou (Rússia).

(GABRIEL BOUYS)

(GABRIEL BOUYS)

(CHRISTOPHE SIMON)

(OLGA MALTSEVA)

(GABRIEL BOUYS)

(CHRISTOPHE SIMON)

(CHRISTOPHE SIMON)

(CHRISTOPHE SIMON)

(CHRISTOPHE SIMON)

(CHRISTOPHE SIMON)

(CHRISTOPHE SIMON)

(CHRISTOPHE SIMON)

(GIUSEPPE CACACE)

(OLGA MALTSEVA)

(CHRISTOPHE SIMON)

(OLGA MALTSEVA)

(GIUSEPPE CACACE)

(OLGA MALTSEVA)

(KIRILL KUDRYAVTSEV)

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por