(Amadeu Barbosa)
A Minas Arena, consórcio de empreiteiras responsáveis por reformar o Mineirão e administrá-lo até 2037, está à procura de uma empresa gestora de estádios para ter como parceira. Nesta terça, o consórcio admitiu que o contrato com a portuguesa Lusoarenas foi rompido. A parceria com os europeus, que trabalham em conjunto com a norte-americana Global Spectrum, foi assinada em dezembro do ano passado.
Questionada pelo Hoje em Dia, a Secretaria de Estado Extraordinária da Copa do Mundo, afirmou, em nota, que apenas ontem foi comunicada pela Minas Arena que o contrato havia sido encerrado. Entretanto, a Secopa não respondeu quando o vínculo foi desfeito, nem mesmo o motivo.
A secretaria informou, ainda, que o cronograma de obras seguirá sem alterações. “A Secopa vai analisar as novas condições da operação do Mineirão que ainda serão propostas pela Minas Arena”.
BWA
Com a saída dos estrangeiros do negócio na Pampulha, quem está interessado em estabelecer uma parceria com a Minas Arena para gerir o Mineirão é a BWA.
A empresa paulista venceu a licitação de concessão do Independência para os próximos dez anos, e, desde abril deste ano, comanda o futebol mineiro.
Nesta terça, o presidente da BWA, Bruno Balsimelli, se disse surpreso com o cancelamento do contrato entre os portugueses e a Minas Arena, e garantiu estar pronto para fazer uma oferta ao consórcio.
“Nós temos conhecimento de como gerir arenas esportivas no Brasil e seria ótimo se pudéssemos administrar o Mineirão também. Quanto mais arenas melhor”, afirma o empresário.
A BWA também tem sob sua administração o Castelão, em Fortaleza (CE). Além disso, fará a gestão da Arena Pantanal, em Cuiabá, e negocia um estádio em Recife (PE). Balsimelli afirmou que recentemente a BWA se juntou a um grupo internacional e, com isso, tornou-se o maior grupo de gestão de estádio do mundo.
Já a Lusoarenas tem em seu currículo a administração dos estádios do Sporting e Benfica, além de arenas em sete estados no Brasil.