"Uma cerveja, por favor", dessa forma os torcedores do Cruzeiro costumam cantar nas arquibancadas para embalar o time no gramado. Mas, no jogo entre a Raposa e o São Paulo, "torcedores diferentes" ecoaram outro tipo de som no Mineirão: "Au, au". Isso mesmo, é que cachorros foram "cãovidados" a usufruir um espaço novo no Gigante da Pampulha: a "Arcãobancada".
Pode parecer estranho no primeiro momento, mas a Minas Arena, em parceria com os organizadores da Copa do Brasil, atenderam a vários pedidos de torcedores que mostraram interesse em trazer o seu animal de estimação ao estádio.
"Criamos a arcãobancada, um espaço inovador em estádios do Brasil, justamente para atender essa nova demanda que surge dos donos levarem seus cães a lugares públicos. A hashtag 'caotbtorce' já era realidade nas redes sociais e buscamos trazer isso para o Mineirão", disse a relações institucionais da Minas Arena, Ludmila Ximenez.
De acordo com a Minas Arena, foram selecionados 15 cães em perfis das redes sociais. Animais que, de alguma forma, foram clicados por seus donos em situações envolvendo o futebol.
"Sempre que saio de casa e deixo a Antônia (cadelinha da raça Shitsu), ela chora. Aí, com esse convite para trazê-la ao Mineirão, achei fantástico", disse o operador de máquinas Fagner Amaral, 32.
Vários cãezinhos estiveram presentes no estádio, de várias raças diferentes. Bulldog inglês, Golden Retriever, Lulu da Pomerania, Beagle, dentre outros. E os nomes chamavam a atenção. Élvis Presley, Lola, Oliver, Catarina, Yamandu, Sukita, Antônia, Logan.
Dona de uma cadelinha da raça Beagle, a estudante Jessica Vilaça também curtiu a ideia de trazer a "Catarina" para o Mineirão.
"Fomos convidados e achamos uma novidade essa interação dos cachorros em locais que antes os animais eram proibidos de entrar. Interessante, já que unimos o amor aos pets e ao clube do nosso coração", disse.
MIMOS
Além do espaço todo decorado e cheio de brinquedos, como bolas, cones e espaço para xixi, os cãezinhos ganharam petiscos, como biscoitos caninos e água. urante o período em que estiveram no estádio, além do cuidado dos próprios donos, os cachorros estiveram sob supervisão de um adestrador.