Enquanto a bola rola pela competição de futebol mais importante do mundo, uma polêmica agita os bastidores da Copa do Mundo; tudo devido ao spray utilizado pelos árbitros para marcar a distância entre a bola e as barreiras formadas pelos goleiros.
O mineiro Heine Allemagne, invetor e dono da patente, acusa a Fifa, organizadora do evento, de agir de má fé e de fomentar o mercado ilegal há algum tempo. A entidade está proibida judicialmente de utilizar a tecnologia em suas competições. Mesmo assim, o objeto é visto durante os duelos na Rússia.
"O uso do spray está proibido pela justiça. Entrei com um processo judicial devido às grandes mentiras e traições da Fifa. Venci na primeira e segunda instâncias e o efeito suspensivo foi negado", conta Heine ao Hoje em Dia.
"A Fifa fingia que não estava sendo notificada e foram necessárias três citações para que ela aceitasse. Ela fez um pedido absurdo ao juiz, querendo comprar com outros fornecedores", acrescenta.
Ainda de acordo com Allemagne, a cada partida com o uso de sua invenção, a entidade maior do futebol assume dívida de, no mínimo, R$ 50 mil reais. Para se ter ideia, só na Copa do Mundo, este valor pode chegar a R$ 3,2 milhões.
Pedindo US$ 35 milhões (aproximadamente R$ 110 milhões) para liberar o uso pelo mundo, o inventor afirma que, antes do Mundial de Seleções, a Fifa se comprometeu a pagar valor superior (US$ 40 milhões), mas não cumpriu, ignorando sua exigência.
"Um patrocínio da Copa vale 120 milhões de dólares. Estamos falando de todos os campeonatos pelo mundo. O spray é utilizado nos quatro cantos e traz consigo ativos na lata. Me dediquei por mais de 15 anos, cumpri todos os protocolos e estou sendo traído pela Fifa", desafaba.
"Por enquanto, estou disposto a conversar e resolver as coisas com o valor pedido anteriormente. Contudo, se isso se arrastar na justiça, não abrirei mão de receber o que o juiz estipular; pode chegar aos 100 milhões", finaliza.
