No início de abril, entre os dias 12 e 14 de abril, o mineiro Hilton Leão Rodrigues Silva, de 16 anos, ficou com o terceiro lugar no Campeonato Mundial de Jiu Jitsu, disputado em Abu Dhabi. O faixa azul da academia Leão Dourado ficou 18 dias na capital dos Emirados Árabes e aproveitou para treinar no local e também rever a sua irmã, que já está há quatros anos no local, dando aulas da modalidade esportiva.

Único brasileiro em sua categoria, Hilton encarou uma chave com dez atletas. Logo na primeira luta, deu sorte. Seu rival não estava no evento, vitória por W.O. e avançou na competição. No próximo embate, mais uma vitória. Desta vez com o rival no tatame. Na terceira luta, que garantiria uma vaga na final, Hilton foi derrotado por um atleta da Angola, que posteriormente foi o campeão do Mundial na faixa azul.

"Fui muito bem nas lutas. Contra o angolano, errei, ele aproveitou e conseguiu ganhar. Eu errei uma posição e ele ganhou muitos pontos. É um nível muito avançado do que vemos no Brasil e a estrutura é muito diferente. A forma de organizar, todo o investimento feito no esporte, sobretudo para as crianças. Todo o projeto do juiu jitsu lá impressiona", avaliou Hilton, que sofreu com o fuso horário.

O aprendizado, porém, fica acima de qualquer resultado no Campeonato Mundial. Hilton afirmou que o controle do psicológico e o foco em mais técnicas estão na sua pauta durante os treinamentos no Brasil.

XVI Copa Leão Dourado

Após a participação destacada no Mundial em Abu Dhabi, Hilton Leão disputou, na categoria juvenil, até 69kg, a XVI Copa Leão Dourado, organizada pela academia do mestre Hilton Leão, pai do jovem atleta. O jovem, em uma chave com oito adversários, ficou na segunda colocação. Mas o vice-campeonato foi por causa da sorte. Após finalizar seus dois primeiros rivais, encarou Lucas Fernandes, atleta da mesma academia, com o título sendo decidido no par ou ímpar, evitando que os dois se enfrentassem no tatame.

Por equipes, Hilton também teve motivos para comemorar. A Academia Leão Dourado foi a campeã.

"A equipe foi muito bem. O nível técnico do campeonato aumentou muito, sobretudo na faixa branca. Tivemos mais de 900 atletas de todo o Brasil nesta copa. A gente vê bons atletas principalmente do interior de Minas, em Uberlândia. No interior do Rio, o pessoal também é muito bom", comentou o lutador.

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