Ministro do GSI diz que morte de soldado não fará mudar plano de segurança no Rio

Estadão Conteúdo
Publicado em 12/08/2016 às 16:30.Atualizado em 15/11/2021 às 20:20.

Apesar da morte cerebral de um soldado da Força Nacional, Hélio Vieira, que estava em um carro atacado a tiros por traficantes no Complexo da Maré na última quarta-feira, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Sérgio Etchegoyen, afirmou nesta sexta-feira que o episódio "não invalida nada que está sendo feito até agora" em relação à segurança e que "seria uma irresponsabilidade criar novos procedimentos no meio do jogo".

O ministro lamentou a morte do policial, que considerou "uma tragédia" e "uma fatalidade", e negou que tenha faltado treinamento aos agentes de segurança vindos de outros Estados. "A Força Nacional não é uma reunião eventual de soldados. Os soldados que integram a Força Nacional são treinados, estão preparados", afirmou.

Etchegoyen foi o porta-voz de autoridades que participarem de reunião no Centro Integrado de Comando e Controle do Rio. Estavam presentes, entre outros, os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, da Justiça, Alexandre de Moraes, e do Esporte, Leonardo Picciani, o prefeito Eduardo Paes (PMDB), o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, o presidente do Comitê Organizador da Olimpíada e do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzsman, além de representantes das Forças Armadas e das polícias federais.

O ministro disse que os dois militares que estavam com o soldado morto durante o ataque estão sob cuidados psicológicos e serão ouvidos pela Polícia assim que forem liberados. Só assim, afirmou, será possível saber por que os militares saíram de uma via movimentada e entraram na favela. Etchegoyen reiterou informação do ministro da Defesa, Raul Jungmann, de que os agentes da Força Nacional são orientados a permanecer em vias expressas e não entrar em favelas. "A ordem é para que patrulhem as vias que nos interessam", declarou.

O chefe do GSI insistiu que o Rio, durante a Olimpíada, "está muito mais seguro que em condições normais" e lembrou que o ataque aconteceu "muito longe de onde as pessoas comentaram". "Esse episódio é muito menor que as Olimpíadas. Montamos uma estrutura de segurança que vem respondendo e os Jogos vêm acontecendo. Perifericamente, no sentido geográfico, algumas coisas têm acontecido, resultado da criminalidade remanescente no Rio de Janeiro", afirmou.

O episódio que resultou na morte cerebral do soldado é investigada pela Divisão de Homicídios (DH) da Polícia Civil e em procedimento interno da Força Nacional.


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