“Tio? De jeito nenhum!”. Com essa firmeza, mas em tom de descontração, o meia Mancini resume a condição de ser o segundo jogador mais velho do elenco americano para a temporada. “Vocês (jornalistas) me colocam como um cara velho, mas eu só sou experiente. Sou um jovem de 34 anos”, brinca o armador do Coelho.

Mais novo apenas do que o volante Leandro Guerreiro, de 36 anos, Mancini e o restante do elenco alviverde se reapresentaram na tarde da última segunda-feira (5) ao técnico Givanildo Oliveira e à comissão técnica para começar a fase de pré-temporada no CT Lanna Drummond.

Com passagem por clubes do exterior como Roma e Internazionale de Milão (Itália), Mancini terá a responsabilidade de orientar os 11 atletas que subiram para o time profissional, além de ser uma das referências da equipe americana em campo. “É um grupo totalmente diferente do de 2014. Mas a motivação e a ambição tem que existir sempre. Estou contente por fazer parte deste projeto do América”, diz.

Revelado pelo Atlético, o jogador já esteve na pele dos mais jovens e viu em Alexandre Gallo, atual técnico da Seleção Brasileira Sub-20 e capitão do Atlético entre 1999 e 2000, um amigo e um “professor” com o qual aprender.

“O Gallo foi uma pessoa que eu conversava muito. Sempre fui muito curioso e perguntava muitas coisas pra ele sobre futebol”, conta o atleta. “Hoje, me sinto preparado para exercer esse papel aqui com a garotada”, completa.

O atual plantel do América tem 37 atletas, sendo sete caras novas, mas deverá ser reduzido a 30 até a estreia no Estadual contra o Guarani de Divinópolis, no dia 1º de fevereiro. A nova diretoria do Coelho, eleita no final de dezembro do ano passado, aposta na safra de talentos do clube e tem um planejamento de não gastar além do que o clube arrecada.

Com a saída de jogadores como Obina, Willians, Tchô, Renan Oliveira, Gilson, Victor Hugo e Andrei Girotto, o Coelho reduziu em cerca de 60% a folha salarial do elenco.