O Mundial de Clubes da Fifa chega neste ano à sua sétima edição neste formato com fases eliminatórias. E, quase sempre tidos como terceira força, os representantes da Concacaf (América Central, do Norte e Caribe) nunca chegaram a uma final. O máximo que conseguiram foi o terceiro lugar, em 2005, com o costa-riquenho Deportivo Saprissa. No Japão, em 2012, quem sonha acabar com esse tabu é o Monterrey, do México.
Para isso, o time mexicano terá a indigesta tarefa de vencer o Chelsea na segunda semifinal do Mundial, nesta quinta-feira, em Yokohama. "Sabemos que mais nenhum clube da Concacaf chegou à decisão e queremos ser os primeiros a conseguir isso. Este é nosso principal sonho agora", disse o capitão do time, José María Basanta.
O defensor é um dos três argentinos do time que chegou à semifinal depois de vencer o Ulsan, da Coreia do Sul, por 3 a 1, na fase anterior. "Sonhávamos em enfrentar o Chelsea, essa é a verdade. Não queríamos dizer isso antes porque precisávamos estar totalmente concentrados na estreia. Se não estivéssemos 100% focados nela, poderíamos sofrer uma surpresa como no ano passado", revelou Basanta, que está, assim como o Monterrey, em seu segundo Mundial seguido.
O elenco mexicano ainda tem os argentinos Neri Cardozo e César Delgado e este último, autor de dois gols na estreia, espera sair de campo feliz em Yokohama nesta quinta. "O próximo é Chelsea? Bom, temos que nos divertir!", garantiu.
"Sabemos que eles vão jogar diferente do Ulsan, sem tanto chutão para frente. Acho que o estilo de jogo deles nos permitirá mostrar um futebol melhor, também para nós mesmos", analisa Delgado. "Esperamos chegar a essa final inédita. Não importa se temos o Chelsea ou qualquer outro time pela frente. Para ser campeões, temos que vencer todos, não? Isso é o que queremos: surpreender. Chegar à decisão e ganhá-la também. Foi para isso que viemos", concluiu.
O técnico Víctor Manuel Vucetich é mais um que acha que o Monterrey pode surpreender os campeões europeus. "Caímos com o time mais difícil, que é o Chelsea. Mas acreditamos em nossa força."
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