Morte de torcedor na Bolívia liga o sinal de alerta no futebol

Alberto Ribeiro - Hoje em Dia
22/02/2013 às 08:23.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:14

A morte de um torcedor de 14 anos durante a partida entre San José e Corinthians, na quarta-feira, pela Libertadores, na cidade de Oruro, levantou mais uma vez a delicada questão da violência envolvendo torcidas brasileiras.

Apesar de o incidente ter ocorrido na Bolívia, o foco da discussão se volta para o futebol nacional, já que http://www.hojeemdia.com.br/esportes/video-de-brasileiro-ajuda-a-investigar-morte-de-torcedor-boliviano-1.93264 no setor destinado à torcida local. O ministro do Esporte, http://www.hojeemdia.com.br/esportes/aldo-rebelo-pede-punic-o-a-torcedor-responsavel-por-morte-1.93232” aos envolvidos. Doze corintianos estão detidos na Bolívia.

No entanto, no primeiro pronunciamento após o incidente, http://www.hojeemdia.com.br/esportes/gobbi-incumbe-embaixada-de-apoio-e-minimiza-relac-o-com-organizadas-1.93327. “Não acho justo que um clube responda por atos de uma torcida no campo. É um no meio de uma multidão, temos que refletir”, alegou.

O lateral Fábio Santos, porém, acredita que se for para o bem da competição, ele é a favor da punição. “Se for para tirar o Corinthians da Libertadores e ter certeza de que ninguém vai sofrer mais com isso, que não vai haver mais mortes, sou totalmente a favor”, opina.

Responsabilidade

Para o sociólogo Maurício Murad, um dos principais especialistas do país no assunto, a tragédia em Oruro não se trata apenas de uma fatalidade.

“O fato na Bolívia é mais um caso de descumprimento da lei, da impunidade e da falta de atitude das autoridades competentes”, afirma.

A pouco menos de um ano e meio da Copa do Mundo e a quatro meses da Copa das Confederações, o Brasil lidera o ranking mundial de casos envolvendo brigas de torcidas. Segundo levantamento feito por Murad, 23 pessoas perderam a vida no país, no ano passado, em decorrência do futebol.

Os números podem ser ainda maiores. De acordo com o sociólogo, foram relatadas 44 mortes durante esse período, mas apenas metade foi confirmada. “É um número que assusta e isso é gravíssimo”, observa Murad, que também é autor do livro “A Violência e o Futebol”.

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