Fazia tempo que José Mourinho não aprontava das suas. Polêmico por natureza e tido como arrogante por suas fortes declarações à imprensa, o treinador português voltou externar a sua opinião sem se importar com as consequências. Desta vez, o comandante do Chelsea pediu a contratação do atacante colombiano Falcao Garcia, mas aproveitou para alfinetar o Monaco, clube do jogador, e mostrar descontentamento com os homens de frente dos 'Blues'.

"Tenho um time, mas não tenho um goleador. Falcao é um goleador, mas não tem time. Um jogador como ele não pode jogar apenas com três mil pessoas nas arquibancadas. O Monaco é um clube para terminar a carreira", atacou Mourinho, em entrevista à emissora francesa "Canal Plus".

Na mesma declaração, ele disparou contra o time do Principado e os atacantes de seu elenco. Vale lembrar que o estádio do Monaco, o Louis II, tem capacidade para pouco mais de 18 mil pessoas, mas ainda não recebeu este público no ano. Apesar do grande investimento para a temporada, a equipe tem uma das piores médias de público do Campeonato Francês e já era o "recordista negativo" deste quesito mesmo quando disputava a segunda divisão nacional.

Por outro lado, o Chelsea, time comandado por José Mourinho, se não sofre nas arquibancadas, tem problemas dentro da grande área. Mesmo com atacantes como Fernando Torres, Samuel Eto'o e Demba Ba, costuma balançar as redes adversárias principalmente a partir de finalizações de seus meio-campistas. Hazard (14 gols) e Oscar (9), por exemplo, são os artilheiros do time no ano. Os três centroavantes juntos, por outro lado, anotaram apenas 19 tentos.

Assim, vêm crescendo as especulações sobre a possbilidade de os "Blues" reforçaram o seu ataque para a próxima temporada. Além de Falcao García, que, neste momento, está fora de ação por causa de uma grave lesão no joelho
esquerdo, Zlatan Ibrahimovic, do Paris Saint-Germain, também interessaria. Porém, Mourinho prefere não nutrir esperanças de uma possível contratação do sueco.

"Ibra no Chelsea é impossível. Ele está feliz em Paris. Sei disso porque ele é meu amigo, e estamos sempre em contato. Depois, o PSG, com todo o seu poder financeiro, nunca iria deixá-lo sair. É uma missão impossível", decretou o português, que comandou o artilheiro da "Ligue One" durante a sua passagem pela Internazionale de Milão, e tem boa relação com o polêmico atacante sueco.