(Bruno Cantini/Atlético)
No duelo de interinos, melhor para Rodrigo Santana. O Atlético comandado por ele havia estreado no Campeonato Brasileiro com vitória sobre o Avaí no Independência e, na primeira partida fora de casa, somou outros três pontos, batendo o Vasco, de Marcos Valadares, por 2 a 1. De quebra, deu fim a um jejum de 17 anos sem vitórias em São Januário. E soma os mesmos seis pontos do São Paulo, que venceu o Goiás pelo mesmo placar no Serra Dourada.
O primeiro tempo mostrou que os dois interinos conseguiram fazer os comandados seguir à risca a orientação tática, com duas linhas de quatro jogadores na marcação, fechando os espaços. Do lado cruz-maltino como do alvinegro, no entanto, faltavam criatividade na armação das jogadas e capricho. Mais de uma vez Luan errou no último passe, enquanto o time da casa apostava apenas nas bolas alçadas na área, facilitando o trabalho de Réver e Igor Rabello.
A primeira conclusão a gol só veio aos 27 minutos, e já deu trabalho a Victor, que fez bela defesa em chute da intermediária de Yan Sasse, aproveitando rebote de escanteio. Já o Galo só levaria perigo ao gol de Alexander aos 36 minutos, com Geuvânio. O camisa 49 voltou a mostrar empenho, auxiliando na marcação defensiva e se apresentando como opção na frente.
Luan acabou não retornando para a segunda etapa – com desgaste físico, deu lugar a Maicon Bolt, e Chará passou a jogar centralizado na armação. A disposição tática das duas equipes se manteve e, sem espaços, a ordem foi aproveitar as poucas oportunidades. Foi assim, na saída atabalhoada de Alexander, que Elias teve a chance de acertar um belo chute e abrir o placar, aos 17 minutos.
Festa que durou pouco e repetiu um problema recente do alvinegro. Se Ricardo Oliveira teve a chance de ampliar em seu primeiro chute a gol, aos 21 a tentativa de Yago Pikachu desviou em Réver e sobrou limpa para Máxi López empatar.
A igualdade animou torcida e time da casa, que partiu para cima buscando a virada – aos 23, Henrique exigiu mais uma boa defesa de Victor e, no rebote, Igor Rabello conseguiu bloquear a conclusão de Máxi López. Rodrigo Santana mandou a campo Nathan no lugar de Geuvânio e foi obrigado a gastar a 'regra 3' quando Zé Wellison deixou o campo na maca.
Pelo lado do Vasco, Valdívia foi a aposta para a reta final da partida, no lugar de Yago Pikachu. O ex-atleticano acabou sendo personagem, mas de um jeito certamente indesejado. Quando o empate parecia definido, a gingada de Chará pela direita em cima do armador abriu espaço para uma conclusão de rara perfeição que valeu uma vitória suada e deixa o Galo em ótima situação nesse começo de Brasileirão.
VASCO 1 x 2 ATLÉTICO
VASCO
Alexander, Claudio Winck, Werley, Ricardo Graça e Henrique; Fellipe Bastos (Andrey), Lucas Mineiro, Yan Sasse, Yago Pikachu (Rossi) e Marrony (Valdívia); Maxi López
Técnico: Marcos Valadares (interino)
ATLÉTICO
Victor; Guga, Réver, Igor Rabello e Fábio Santos; Zé Welison (Jair), Elias, Geuvânio (Nathan) e Chará; Luan (Maicon Bolt) e Ricardo Oliveira
Técnico: Rodrigo Santana
Campeonato Brasileiro: segunda rodada
Estádio: São Januário
Arbitragem: Raphael Claus, auxiliado por Danilo Manis e Daniel Luiz Marques, todos de São Paulo. VAR: Thiago Duarte Peixoto (SP).