O volante Adilson foi apresentado no fim da noite desta sexta-feira (3) no Atlético. O jogador, que assinou contrato por 2 anos com 100% dos direitos econômicos ligados ao Galo, porém, adotou um discurso cauteloso sobre quando poderá estrear.
Não é por menos. Apesar de participar da pré-temporada do Terek Grozny, equipe na qual defendia desde 2012, Adilson vinha de um longo período de inatividade, tendo participado apenas de três dos 19 jogos do Terek no Campeonato Russo 2016/2017, que retoma neste fim de semana após a pausa de inverno.
Adilson foi operado em Porto Alegre da lesão na sínfise púbica e teve que ficar ficar afastado dos gramados entre 3 de julho e 5 de novembro. 4 meses de molho. Quando retornou, no penúltimo mês de disputa, atuou apenas em três jogos, sendo que em um entrou aos 72 minutos do segundo tempo e suportou a totalidade dos outros dois compromissos. Curiosamente, seu teste de retorno foi só contra "cascas-grossas" da Rússia.
Ele foi reserva e entrou nos 18 minutos finais contra o Zenit (vitória de 2 a 1), foi relacionado mas não entrou em campo diante do Spartak Moscou e retornou o posto de titular contra o Krasnodar e o Lokomotiv Moscou.
"Estamos avaliando a questão de jogar, estava em pré-temporada na Rússia, pessoal (do Atlético) começando com avaliações fisicas. A partir disso poderemos falar de estreia. Não quero me preciptar, vamos fazer esse trabalho e ter uma real noção da possibilidade da estreia", afirmou Adilson, na chegada ao Atlético.
Adilson virou jogador bastante respeitado do clube da Chechênia. Completou 100 jogos pelo time que não disputa outras competições além do Russão em abril de 2016. Cinco temporadas que se encerraram quando o jogador pediu para que o contrato fosse rompido. Ele acelerou a vinda ao Atlético, que o esperava após maio. Fato que chamou a atenção da diretoria alvinegra.
"Sabia da possibilidade real de vir antes de julho. Mas, por conta própria, sem pressão alguma, ele se empenhou e pelo bom relacionamento que tem na Rússia, ele conseguiu a inscrição", disse o presidente Daniel Nepomuceno.Reprodução/Atlético/Twitter
Adilson foi apresentado nesta sexta-feira ao Atlético, que tem 100% do jogador num contrato de 2 anos
Seu estilo de jogo na Rússia foi incrementado. Antes um volante apenas de forte marcação, o "novo Lucas Leiva", cria da base do Caxias e do Grêmio se tornou também uma opção para segundo volante. Nas cinco temporadas no Terek Grozny, por exemplo, ele não levou nenhum cartão vermelho.
"Tenho várias maneiras de jogar como volante, e já joguei em todas as funções, como primeiro, segundo e terceiro. Marquei alguns gols lá fora, cheguei na frente (no ataque), não tenho preferência, tenho preocupação de me encaixar da melhor forma aqui no Atlético, da maneira que o Roger achar mais interessante", afirmou o jogador, que acelerou o retorno ao futebol brasileiro também para ficar perto da família:
"Tive um problema pessoal em casa, meu pai teve problema de saúde. Estava 5 anos lá fora e me senti na necessidade de estar mais perto da minha família. Então as coisas se encaixaram. Tive a chance de vir para um clube grande aqui no Brasil e poderei passar mais tempo com a minha família, poderão vir aqui passar um tempo comigo", completou o jogador, que poderá ser inscrito na Libertadores, mas praticamente impossibilitado fisicamente de estrear na competição contra o Godoy Cruz.Reprodução/Terek/Facebook / N/A
Com lesão séria, Adilson só jogou 198 minutos dos 19 jogos do Terek no 1º turno do Campeonato Russo