Embora os torcedores cearenses admitam que querem ver uma atuação de gala da seleção da Espanha, não será surpresa se a maioria no Castelão estiver ao lado da Nigéria durante os 90 minutos de bola rolando. Até aqui a Copa das Confederações tem privilegiado a torcida sempre para o time mais fraco e a expectativa dos africanos é que neste domingo, às 16 horas, os brasileiros empurrem a sua equipe.
O técnico Stephen Keshi listou algumas semelhanças entre os povos para explicar por que acredita que os brasileiros torcerão para a Nigéria. Para ele, a música e o gosto pelo futebol unem as culturas dos dois países.
"Nós gostamos do futebol, temos muitas coisas parecidas com vocês. A Nigéria é um país que ama música, a dança e o futebol inteligente, assim como o Brasil. Dividimos essas coisas com seu país e essas coisas (apoio) vêm naturalmente", ponderou o comandante.
A Nigéria sentiu os dois lados da moeda na competição. Contra o Taiti viram o público do Mineirão torcer freneticamente para o rival e criar um clima de catarse quando a equipe da Oceania marcou seu único gol até aqui. Já diante dos uruguaios, em Salvador, foram empurrados em busca do empate que acabou não vindo (perderam por 2 a 1).
O goleiro Eneyama espera que contra os espanhóis a torcida volte a ficar do lado mais fraco. "Tomara que eles torçam para a gente, isso evidentemente é algo que gostaríamos que acontecesse, mas se não for não podemos fazer nada. Resta apenas cruzar nossos dedos e esperar que eles escolham nosso lado", analisou.