Nova decisão entre Cruzeiro e River acontece no aniversário do 1º título celeste na Libertadores

Guilherme Piu
24/07/2019 às 19:14.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:41
 (Divulgação/Cruzeiro)

(Divulgação/Cruzeiro)

Cada jogo tem sua importância e sua história. E a decisão entre Cruzeiro e River Plate na próxima terça-feira (30), partida de volta das oitavas de final da Copa Libertadores, ganha um tempero bastante especial. É que no mesmo dia a Raposa comemorará o aniversário de 43 anos de sua primeira conquista da Libertadores.

A coincidência impressiona. Foi também no dia 30 de julho, mas de 1976, que o Cruzeiro venceu o próprio River Plate por 3 a 2, em Santiago, no Chile, e levantou a primeira taça internacional de sua história. E no mesmo 30 de julho, mas agora em 2019, o destino coloca as mesmas equipes que fizeram aquela final histórica frente a frente.

Um dos grandes personagens daquele jogo, o ex-ponta-esquerda Joãozinho, autor do gol do título - em cobrança de falta despretenciosa e irresponsável -, comentou ao Hoje em Dia sobre essa grande coincidência de datas em jogos envolvendo os finalistas de 1976.

"É sim uma grande coincidência, não tinha parado para pensar nisso. Lógico que é um detalhe importante, mais um motivo para vencer e se classificar. Todo jogador tem essa vontade de ganhar, e esse é um incentivo a mais. E que incentivo!", disse Joãozinho ao HD.

A partida em Santiago foi um tira-teima já que o Cruzeiro havia vencido o jogo em Belo Horizonte, o River Plate em Buenos Aires, e naquela época o regulamento previa um jogo em campo neutro para decidir o grande campeão. E justamente na capital chilena é que será disputada a final única da Libertadores de 2019.

"O Cruzeiro tem um retrospecto favoravel diante do River Plate e os mínimos detalhes contam nessas horas, nesses jogos importantes. E é uma decisão em casa, tem que saber jogar pra garantir a classificação", emendou o ex-jogador celeste.

Vantagens

chamado de 'moleque irresponsável' pelo técnico Zezé Moreira por ter se antecipado à cobrança de Nelinho na falta que originou o terceiro gol do Cruzeiro contra o River Plate em 1976, Joãozinho sabe que o aniversário da conquista pode inspirar os atletas na terça que vem.

"Jogador é meio desligado para essas questões de datas, mas quando vê o apelo da imprensa, quando os torcedores começam a falar demais do assunto, eles (atletas) incorporam esse sentimento, valorizam mais a história. Isso é bonito e assim que deve ser. O título daquela Libertadores de 1976 foi conquistado há mais de 40 anos e as pessoas lembram até hoje, o torcedor, claro, nunca esquece. Colocar o nome na história é algo fantástico. Esse aniversário do título pode sim motivar os atletas", opinou. Divulgação/Cruzeiro 

Joãozinho (1º agachado da direita para esquerda) em formação do Cruzeiro na Copa Libertadores de 1976

 Joãozinho sabe que as questões extracampo têm dois lados e que por mais que os pequenos detalhes possam fazer diferença de forma positiva para o Cruzeiro, é preciso atenção para não cair nas armadilhas fatais que o futebol sempre apronta. 

"O Cruzeiro tem a vantagem de decidir em casa, tem o campo a seu favor, mas precisa saber jogar o jogo para não ser surpreendido. Tem que saber jogar sem se entusiasmar demais e achar que já está tudo ganho só pelo fato de ter conseguido um resultado importante fora de casa. Tem que dar o golpe fatal e não sofrer esse golpe fatal. O time deles é o atual campeão da Libertadores, é de altíssimo nível. O River é o River e merece respeito sempre. Assim como eles devem respeitar o Cruzeiro, que é gigante", disse. 

Apostas ofensivas

No 0 a 0 entre River Plate e Cruzeiro no Monumental de Núñez na última terça-feira, em Buenos Aires, os destaques da Raposa foram jogadores do sistema defensivo. O goleiro Fábio, que fazia ali o seu jogo de número 80 em Copas Libertadores com a camisa azul, e o zagueiro Dedé. 

"Na partida de volta Joãozinho espera que os 'homens de frente' sejam os protagonistas da Raposa. "Fábio e Dedé são espetaculares, na parte defensiva são importantíssimos, sem dúvida, e assim fizeram no primeiro jogo. Agora, o Pedro Rocha, o Marquinhos Gabriel que eu também gosto bastante, o Thiago Neves, o Sassá se entrar em campo, todos esses têm condições de fazer um bom jogo. Tem muitos atletas que podem desequilibrar e eu tenho certeza que isso vai acontecer. Terça que vem eu nem vou trabalhar para assistir ao jogo", garantiu.

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