Número 1 do mundo, Marcelo Melo diz que 'ficha ainda não caiu'

Estadão Conteúdo
02/11/2015 às 16:00.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:18
 (Ron Angle)

(Ron Angle)

Desde sexta-feira da semana retrasada Marcelo Melo sabia que esse dia chegaria. Nesta segunda, a lista da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) seria atualizada e ele assumiria a liderança do ranking mundial em duplas. O brasileiro, entretanto, admite que até agora a "ficha não caiu".

"Número 1 do mundo! Eu que sempre acreditei no sonho de ser tenista profissional, posso dizer que a ficha ainda não caiu. Desde pequeno sempre sonhei em ser profissional, corri atrás dos meus objetivos, cheguei a passar fax por vários dias em busca de patrocínios, fazendo de tudo para realizar meu sonho. Tenho que agradecer todos que me ajudaram, porque seria impossível chegar lá sozinho", escreveu o tenista, em postagem no Facebook.

No texto, o jogador agradece algumas pessoas que o ajudaram a atingir tal feito, tornando Melo, o "Girafa", o terceiro brasileiro a liderar o ranking mundial, depois de Maria Esther Bueno (na era amadora) e Gustavo Kuerten.

Melo cita os pais, "que sacrificaram as próprias vidas fazendo de tudo para eu seguir o sonho de ser tenista", seu irmão e treinador Daniel Melo "que muitas vezes deixa a família em Belo Horizonte para ir junto comigo em busca do sonho", o também irmão Ernane que, "como irmão mais velho, sempre me fazendo acreditar que eu seria capaz", amigos, o preparador físico Chriszogno Bastos, seus fisioterapeutas e até o presidente da Centauro, Sebastião Bomfim. A loja de material esportivo patrocina Melo há oito anos.

Ainda que o posto de melhor do mundo só tenha vindo após Marcelo Melo conquistar três títulos seguidos no período em que o croata Ivan Dodig se afastou da dupla para jogar em simples, o brasileiro não esqueceu do parceiro. "Logicamente agradecer ao meu parceiro Ivan Dodig que me ajudou e muito para chegar lá."

"Deixo um recado para os que estão no mesmo caminho: nunca desista do sonho de ser tenista, tente até o fim. No meu caminho apareceram pessoas dizendo que eu não seria capaz, que não tinha capacidade, que eu era muito ruim, que não tinha futuro no tênis, que nunca daria certo trabalhar com irmão, etc. Eu nunca acreditei neles, por isso estou onde estou, acredite no seu sonho e vá enfrente", escreveu o jogador, que disputa o Masters 1000 de Paris nesta semana na retomada da dupla com Dodig.
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