Números mostram que briga pelo título do Brasileirão deve seguir até o final

Alexandre Simões - Hoje em Dia
14/07/2015 às 11:45.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:54

(Luiz Costa)

A arrancada do Atlético, com seis vitórias consecutivas, que lhe tirou do sexto lugar para a liderança isolada da competição, é o destaque do primeiro 1/3 de Campeonato Brasileiro, que foi concluído no último domingo, com o encerramento da 13ª das 38 rodadas da Série A.   Além do grande momento atleticano, outro fato que merece destaque é o equilíbrio da competição, pois apenas três pontos separam o líder Atlético do Grêmio, que fecha o G-4, com 26 pontos. Uma pontuação tão alta do quarto colocado é algo inédito. A marca segura para o título nos pontos corridos é marcar dois pontos por rodada. Nesse momento, Atlético e Fluminense estão com reservas. Corinthians e Grêmio, no limite.   Isso é inédito na história dos pontos corridos. Em 2013, por exemplo, após a 13ª rodada, o Cruzeiro liderava com 25 pontos, o que hoje não lhe garantiria um lugar no G-4. Esse quadro pode gerar uma reta final emocionante, o que não acontece desde 2011, pois as últimas três edições foram definidas, pelo menos em relação ao título, de forma antecipada.   “Os líderes do campeonato não se enfrentaram ainda. Para o Atlético, por exemplo, falta jogar contra Corinthians, São Paulo e Grêmio. Se esse campeonato seguir nessa tendência, o final pode ser bem emocionante. Ele deve ser definido no final”, garante Gilcione Nonato Costa, professor de matemática da UFMG e um dos responsáveis pelo site Probabilidades no Futebol.

  Título   As 13 primeiras rodadas mostram ainda que dificilmente dois times ultrapassarão a marca dos 70 pontos. Com 71, o site aponta que são de 81,4% as chances de um time levantar a taça. É uma marca significativa, pois indica que são de menos de 20% as probabilidades de duas equipes alcançarem os 71 pontos.   “O vice-campeão tende chegar a 68, 69 pontos. São de apenas 35% as chances de dois ou mais times com essa pontuação. Podemos afirmar que é difícil um vice com mais de 70 pontos, o que só aconteceu duas vezes, com o Grêmio, em 2008, e o Atlético, em 2012, com 72”, afirma Gilcione. Especificamente em relação ao Atlético, Gilcione destaca o fato de o time iniciar o returno encarando Palmeiras (em casa) e Fluminense (fora), mas depois fazer dez partidas contra equipes que não ocupam a parte de cima da tabela.   Outro fator destacado por ele é a necessidade de os comandados de Levir Culpi fazerem melhor o dever de casa.“O Atlético apresenta uma característica interessante, pois é o melhor visitante disparado, mas tem uma campanha baixa como mandante, quando se pensa em título. Quase todos os seus concorrentes têm se saído melhor em casa. E dentro das probabilidades, é mais fácil esses times manterem a tendência, que o Galo”, alerta o matemático. Em relação ao Cruzeiro, ele coloca o time de Luxemburgo num grupo que conta ainda com Flamengo e Internacional e que pode atrapalhar a vida de muita gente, embora não tenha mais chances de brigar pelo título pela distância para os primeiros colocados.

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