O presidente do Comitê Organizador da Olimpíada do Rio de Janeiro, Carlos Arthur Nuzman, e o diretor de comunicação do órgão, Mario Andrada, mantiveram discursos diferentes sobre os cortes de R$ 900 milhões no orçamento dos Jogos, o que seria consequência da crise econômica do Brasil.
Os dois estiveram em Lausanne, nesta quarta, na sede do Comitê Olímpico Internacional (COI) para explicar os números, divulgados por reportagem do jornal O Estado de S.Paulo. Segundo o veículo, o Rio-2016 foi obrigado a cortar 12% do orçamento, cerca de R$ 900 milhões.
"Somos muitos transparentes. Estamos em um caminho muito bom. Não são cortes. Vamos organizar tudo com um orçamento mais equilibrado. Estamos fazendo o que nós prometemos", disse Nuzman.
Ele afirmou ainda que "os Jogos não serão prejudicados. Os atletas terão tudo. Não há cortes que afetem os Jogos, os locais de eventos e atletas".
Nuzman admitiu que existe a crise econômica. "Temos uma situação pior (do que em 2009, quando o Rio foi escolhido). Mas temos os pés no chão. Não só no Brasil, mas em todo o mundo, estamos em uma situação completamente diferente."
Quanto à crise política, Nuzman também rejeita qualquer impacto na preparação. "Não tem nenhum impacto. Eles (políticos) estão todos unidos. Essa é a verdade", insistiu.
Já Andrada admitiu "cortes impressionantes nos Jogos", inclusive em construções temporárias e operações das instalações. O orçamento total da Olimpíada, por enquanto, está em R$ 7,4 bilhões.