O desafio de Raúl Cáceres: colocar um paraguaio na história do Cruzeiro

Alexandre Simões
@oalexsimoes
20/06/2020 às 15:15.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:49

(Cerro Porteño/Divulgação)

A Tríplice Coroa, conquistada em 2003 pelo Cruzeiro com os títulos do Campeonato Mineiro, Copa do Brasil e Brasileirão na mesma temporada, colocou o volante chileno Maldonado e o atacante colombiano Aristizábal na história do clube.

Antes, já faziam parte dela os argentinos Perfumo (zagueiro) e Sorín (lateral-esquerdo) e também o centroavante uruguaio Revetria, grande nome da final do Estadual de 1977, contra o rival Atlético.

Mais recentemente, entraram na lista dos ídolos sul-americanos da China Azul o boliviano Marcelo Moreno, o uruguaio Arrascaeta, embora sua saída da Toca da Raposa II tenha sido traumática, e até mesmo o volante argentino Lucas Romero, que o torcedor sonha em ver de volta ao clube.Cerro Porteño/Divulgação

Atualmente no Cerro Porteño, do Paraguai, Raúl Cáceres deve ser anunciado nas próximas horas como reforço do Cruzeiro para a disputa da Série B do Campeonato Brasileiro

Caberá ao lateral-direito Raúl Cáceres, de 29 anos, que deve ser anunciado como reforço do Cruzeiro nas próximas horas, colocar um paraguaio nesta relação.
O seu contrato com a Raposa deve ser de dois anos e meio. E virar a temporada na Toca II já será um feito, considerando-se o desempenho dos seus compatriotas que já passaram pelo clube.

História

O primeiro paraguaio a defender o Cruzeiro foi o meia Sotelo, que chegou ao clube em 1995 e foi reserva o tempo todo. Seu melhor momento foi durante a disputa do Campeonato Brasileiro, sob o comando de Ênio Andrade, quando o Cruzeiro fez boa campanha. No total, ele entrou em campo 16 vezes. Não seguiu no clube no ano seguinte.

O paraguaio que mais defendeu o Cruzeiro foi o zagueiro, mas que atuava também como lateral, Espínola. Ele chegou à Toca I em 1999, quando o time era comandado por Levir Culpi. Disputou 35 jogos, alguns deles como titular, mas não empolgou a ponto de seguir no clube em 2000.
Em 2002, o volante Quintana chegou num momento de transição e não conseguiu arrumar uma vaga no grupo da Tríplice Coroa, no ano seguinte.
Quase

Nesta década, dois paraguaios ficaram no quase. O meia-atacante Ortigoza era reserva em 2011 do time que ficou conhecido como “Barcelona das Américas”. Após grande campanha na fase de grupos da Copa Libertadores, o Cruzeiro caiu ainda nas oitavas da competição para o Once Caldas, da Colômbia. Ele foi campeão mineiro e fez 34 partidas.

Em termos de título, quem se deu melhor foi Samudio. Aposta do Cruzeiro para a lateral esquerda, depois de um desempenho defensivo ruim de Egídio em 2013, ele foi campeão mineiro e brasileiro, chegou a ser titular do time de Marcelo Oliveira (disputou 29 partidas), mas não empolgou a ponto de seguir na Toca II em 2015.

Agora, Raúl Cáceres terá como desafio colocar um paraguaio na galeria dos ídolos gringos do cruzeirense, encarando como primeiro grande desafio a disputa da Série B do Campeonato Brasileiro. E, para isso, precisará virar a temporada na Toca da Raposa II, algo que nenhum compatriota conseguiu.

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